Sindaport na Mídia
Dragagem de aprofundamento do canal de navegação termina nesta terça-feira
Fonte: A Tribuna - 22/05/2012
As obras de aprofundamento do canal de navegação do Porto de Santos serão concluídas nesta terça-feira. Agora, o próximo passo da Codesp, a Autoridade Portuária, é homologar a profundidade de 15 metros, para que navios com calado maior sejam autorizados a atracar no complexo devidamente segurados. Com a chegada de embarcações maiores, a Codesp espera aumentar em 30% a capacidade operacional do cais santista.
As obras de aprofundamento do canal de navegação do Porto de Santos serão concluídas nesta terça-feira. Agora, o próximo passo da Codesp, a Autoridade Portuária, é homologar a profundidade de 15 metros, para que navios com calado maior sejam autorizados a atracar no complexo devidamente segurados. Com a chegada de embarcações maiores, a Codesp espera aumentar em 30% a capacidade operacional do cais santista.
A informação sobre a dragagem de aprofundamento foi transmitida pelo diretor-presidente da estatal, José Roberto Correia Serra, aos membros do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos, em reunião ordinária realizada ontem. Esta foi a primeira sessão do CAP após a posse do secretário municipal de Planejamento de Santos, Bechara Abdala Pestana Neves, no cargo de presidente do colegiado.
A dragagem consiste no aprofundamento do canal de navegação de 12 para 15 metros em toda a sua extensão. Ele também foi alargado de 150 para 220 metros.
No total, as obras se estenderam por 25 quilômetros, somados os trabalhos nas margens Direita (Santos) e Esquerda (Guarujá). O volume de sedimentos retirados do solo chega 5,7 milhões de metros cúbicos. O serviço é realizado pelo consórcio Draga Brasil desde o final de 2009.
A obra foi dividida em quatro áreas. Nos trechos 1, 2 e 3 (que vão do Paquetá até a Barra de Santos, na saída da baía), exceto nas proximidades das rochas de Teffé e Itapema, o canal já apresenta 15 metros de profundidade. Segundo Serra, falta apenas a conclusão de uma pequena subdivisão do trecho 4, que vai da Alemoa ao Paquetá. É esta fase que será concluída hoje.
Existem ainda três obstáculos que estão sendo retirados do canal para que ele passe dos 150 para os 220 metros de largura. São as pedras de Tefeé e Itapema e os destroços do navio Ais Giorgis, naufragado há 31 anos. Enquanto esses materiais não forem retirados, a Codesp terá a nova profundidade homologada pela Marinha do Brasil com “redução provisória da largura do canal”.
Essas obras devem ser concluídas no próximo mês. O Ais Giorgis está sendo fatiado e retirado em pedaços. Cinco das nove peças já foram removidas do estuário. Outras duas serão içadas até o começo do próximo mês, enquanto as restantes serão levadas até um trecho, fora do canal, que não comprometa a navegação.
Homologação
Mesmo antes da confirmação oficial da profundidade, expedida pela Marinha, o Porto de Santos já sente os reflexos da conclusão da obra. Segundo Serra, a consignação média dos navios passou de 13.500 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) para 18 mil TEUs. Mas ainda é necessária a homologação oficial para que os navios com calado de até 15 metros de profundidade operem em segurança no cais santista.
De acordo com o presidente da Codesp, a confirmação do novo calado no trecho 1 (da Barra até o Entreposto de Pesca) deve ocorrer nos próximos 15 dias. Já os trechos 2 e 3 (do Entreposto até o Paquetá) devem ser homologados em seguida, assim que a retirada do Ais Giorgis e a remoção das pedras de Tefeé e Itapema forem concluídas.
Houve uma demora na homologação porque a Marinha questionou os resultados de uma batimetria (exame para medir a profundidade do canal) realizada anteriormente. Os trabalhos foram refeitos e devem ser aceitos desta vez. Este problema, segundo Serra, também aconteceu em outros portos do País.