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Prefeito de Cubatão cobra diálogo após contrato de pátio regulador

Fonte: A Tribuna On-line
 
César Nascimento (PSD) diz que foi pego de surpresa por decisão da Autoridade Portuária e lista transtornos
 
O prefeito de Cubatão, César Nascimento (PSD), publicou ontem à noite uma carta aberta em que pede diálogo às autoridades sobre a instalação de um novo pátio regulador de caminhões na Ilha do Tatu, ao lado do Viaduto Mário Covas, com capacidade para 500 caminhões. A Autoridade Portuária de Santos (APS) e a empresa Condilog Operações SPE Ltda. assinaram contrato válido por 35 anos. O extrato foi publicado no Diário Oficial da União do último dia 17 e noticiado ontem por A Tribuna.
 
A área em questão, de 412.548 metros quadrados (m2), pertence à União e está situada dentro da poligonal do Porto de Santos, próxima à interligação das rodovias Anchieta e Imigrantes. “Fomos pegos de surpresa, neste início de mandato, sobre a decisão da Autoridade Portuária de Santos em dar continuidade a este projeto, mesmo com a Administração Municipal anterior tendo se posicionado de forma contrária à iniciativa”.
 
Para Nascimento, a conclusão do processo de licitação comprova que os inúmeros pedidos de diálogo foram ignorados. “Reafirmamos que não somos contra a nova poligonal do Porto de Santos, porém a atividade econômica que a APS quer instalar em Cubatão não contribui para o desenvolvimento do Município no local escolhido, na Ilha do Tatu, área de preservação ambiental entre a interligação Anchieta-Imigrantes e a Estrada Metalúrgico Ricardo Reis”.
 
Ainda de acordo com o chefe do Executivo, o pátio regulador - que tem investimento previsto de R$ 3 bilhões e prazo de até três anos para ser construído - causará “sérios transtornos” a milhares de famílias que vivem nos bairros próximos, “estritamente residenciais” como a Ilha Caraguatá, Jardim Casqueiro, Bolsões, Conjunto Rubens Lara e Parque São Luiz. “Pesa ainda o fato do nosso Plano Diretor não permitir tal atividade nessa área”, complementa Nascimento.

Gargalos logísticos
 
Para o prefeito, ter 500 caminhões circulando em área urbana pode gerar "uma série de transtornos" e o estacionamento previsto para ser construído no mesmo empreendimento não resolverá os problemas do trânsito nas rodovias que cortam o Município. “Apenas pressionará ainda mais os gargalos logísticos que temos”.
 
Nascimento frisa que a Prefeitura de Cubatão está à disposição para ajudar, “como faz há décadas”, no desenvolvimento portuário, mas com atividades e ações que fortaleçam e incentivem a evolução econômica, ambiental e social do Município.
 
“Mais uma vez pedimos diálogo. Cubatão é uma cidade muito importante na história do desenvolvimento do Brasil e deve ser tratada com o respeito que merece. Como prefeito, não aceitarei novamente que nossa população pague o preço caro que arcou em épocas atrás para que outros se beneficiem, enquanto aos nossos moradores resta apenas o ônus do desenvolvimento econômico da Baixada Santista”.
 

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