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Porto de Santos: políticas públicas para desenvolvimento sustentável
Fonte: BE News
Soluções integradas e infraestrutura são destacadas como pilares para elevar o porto ao cenário global durante painel da missão internacional do Brasil Export
O terceiro dia da missão internacional do Grupo Brasil Export pelo Mar Mediterrâneo iniciou a programação dos painéis de discussão do evento, com o tema “Integração, investimentos e desenvolvimento de novos negócios de infraestrutura”. A primeira mesa de debates de terça-feira (5), realizada a bordo do navio MSC Fantasia na costa da Itália, tratou da necessidade de aprimorar e incorporar novas políticas públicas visando estimular o protagonismo do Porto de Santos (SP) no comércio internacional.
O painel teve a presença do presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, do secretário de Assuntos Portuários e Emprego de Santos, Elias Júnior, do deputado estadual Caio França (PSB-SP), do prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), além de Ricardo Molitzas, presidente do Instituto Brasil Logística e presidente do Conselho do Santos Export.
Pomini falou sobre a necessidade de planos de estado para pensar em soluções, independentemente do grupo que está ocupando determinada posição. Ele citou o plano de ação realizado pela diretoria da APS, voltado para o desenvolvimento da capacidade de movimentação de cargas com eficiência e da economia da região. O presidente ressaltou que esse crescimento deve estar alinhado com o planejamento para melhorar o escoamento de cargas.
“O Porto de Santos representa um elo da cadeia logística da infraestrutura nacional. É a principal janela do país. Então é preciso que ele cresça em harmonia com os outros modais de transporte”, disse Pomini.
Ele também destacou a importância de pensar esse crescimento junto ao impacto social e ambiental no espaço em que ocupa, o que passa pela elaboração de políticas públicas comprometidas com esse aspecto.
“Nós elaboramos um plano de meta sobre dois pilares: como o porto poderá crescer atendendo o gráfico crescente de movimentação de cargas e, ao mesmo tempo, se integrar à cidade, respeitando uma pauta que não pode mais ser ignorada, o ESG”, declarou.
A necessidade de projetos como os acessos ao porto e dragagem foi outro assunto abordado pelo presidente da APS. Segundo ele, as obras de aprofundamento do canal para 16 metros devem começar ainda neste mês, com a derrocagem das pedras. Após a conclusão das obras, prevista para meados de 2025, a Autoridade Portuária espera firmar a concessão do canal do porto para que a empresa vencedora do certame faça o aprofundamento para 17 metros.
O deputado Caio França ressaltou o trabalho do Governo do Estado para desenvolver projetos de acesso ao Porto de Santos. Ele reforçou a importância dessa atuação para concretizar a terceira pista do sistema Anchieta-Imigrantes, ligando a capital à região da Baixada Santista. Ele também falou sobre o projeto do túnel Santos-Guarujá como um exemplo, por unir dois lados com divergências ideológicas em prol da realização de um empreendimento aguardado há quase 100 anos, e que terá um financiamento dividido igualmente entre governo federal e estadual.
“A gente conseguiu nesse processo da ligação seca, jutnar todos os atores e mostrar que não podemos ficar numa rinha política pra ver quem vai fazer a obra. A gente precisa colocar isso em prática. Se despindo de qualquer vaidade, todos os entes federativos envolvidos. A nossa missão enquanto parlamentares é fazer com que a nossa região possa crescer independente de quem vença as eleições”.
Facilitador
O prefeito Válter Suman disse que todo agente público deve agir como facilitador de desenvolvimento, através de ações como incentivos fiscais, que mais tarde podem dar retorno ao caixa do Tesouro, reforçando o trabalho em conjunto com diferentes esferas do Poder Público. “As obras de infraestrutura você precisa fazer para acoplar a questão da dignidade e mobilidade, mas o município sozinho não consegue. Precisa de ajuda”.
O secretário Elias Júnior ressaltou a importância da atividade portuária para a população da cidade de Santos, em relação à geração de empregos e desenvolvimento social, o que reforça a demanda por projetos voltados ao crescimento do porto santista.
“A economia do porto traz benefícios sociais para a cidade. A partir desse importante equipamento a gente tem cerca de 40 mil empregos diretos, o que seguramente fomenta outros setores da nossa economia local. O gestor público tem que ter a visão e o compromisso de entender de que forma as políticas públicas e diretrizes do estado podem trazer benefícios econômicos e sociais”, afirmou.
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