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APS retoma projeto inicial do Terminal de passageiros sobre o mar no Porto de Santos

Fonte: A Tribuna On-line
 
Ele seria construído na água, na frente dos armazéns do Valongo, e sem ocupar o STS10
 
A Autoridade Portuária de Santos (APS) enviou nesta quinta-feira (17) para a análise da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) a proposta de instalação de um novo prédio do Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, administrado pelo Concais, na frente do antigo Armazém 1, no Valongo. A informação foi dada pelo presidente da APS, Anderson Pomini, para A Tribuna.
 
O terminal seria feito na água, com um píer de atracação para três navios a cerca de 200 metros da terra, ocupando, no mar, toda a frente daquela área de armazéns, até o novo Parque Valongo.
 
Esse era o projeto inicial para a troca de área do Concais de Outeirinhos para o Valongo, apresentado em 2022. Porém, por conta dos custos mais altos, ele foi modificado para ocupar a área em formato de “V” que hoje é usada pelo Ecoporto, no terminal STS10, no cais do Saboó.
 
A retomada da proposta original aconteceu porque o Governo Federal anunciou, na terça-feira, que vai fazer o leilão de todo o STS10 para um megaterminal de contêineres. Dessa forma, não sobra espaço para o terminal de cruzeiros.
 
Sem conflito
 
“Aproveitamos o projeto que avança sobre o espelho d’água e não colide com o STS10, que ocupa toda a área do Saboó, de 602 mil metros quadrados e que será o Tecon (Terminal de Contêineres) 10. Mas, como já existia decisão de transferência do Concais, aproveitamos um dos projetos que já estava pronto”, explica Pomini.
 
Segundo ele, a Antaq agora será responsável pelos cálculos que devem apontar quanto custa o investimento, qual é o crédito que o Concais poderia aproveitar com a transferência e qual será a diferença que a empresa deverá arcar.
 
“Depois da Antaq, volta para o Porto, podemos assinar o contrato ou, antes, encaminhar para o TCU (Tribunal de Contas da União) validar a formatação jurídica”.
 
Segundo o presidente da APS, toda a estrutura prevista em terra para o Concais, incluindo o edifício-garagem, está mantida.
 
Ecoporto
 
Pomini afirma que a APS pretende ir renovando o contrato semestral com o Ecoporto nos próximos três anos, até que comece de fato a instalação do terminal de contêineres no STS10. “Aí depois o Ecoporto seria transferido para outra área ou teria o contrato rescindido”.
 
Sobre a determinação do leilão do STS10 em 2025, que veio diretamente da Casa Civil da Presidência da República, Pomini diz que participou de conversas e que foi uma decisão conjunta. Em agosto deste ano, porém, ele disse que o STS10 não seria viabilizado antes da construção de dois viadutos na Alemoa, previstos para 2028. Isso porque as obras são necessárias para não provocar um caos logístico com o aumento do número de caminhões em direção ao megaterminal.
 
“Ainda é a preocupação do Porto que o novo terminal conte com novas vias de acesso. Que a implantação dele case com o calendário da construção dos dois viadutos. Como a implementação do STS10 exige três ou quatro anos, vai casar com o prazo para os viadutos”.
 
O presidente da APS diz, ainda, que no edital de leilão do STS10 será exigido da empresa vencedora o compartilhamento da responsabilidade para a construção de pátios a caminhões e novos acessos.
 
Como seria
 
Pelo projeto do Concais, o novo terminal teria um prédio sobre a água, em frente ao antigo Armazém 1, e um píer distante 200 metros da terra para atracação de três navios de forma simultânea. O prédio teria praça de alimentação e passarela de acesso à plataforma de embarque. Em terra, ficariam o edifício-garagem para 800 carros e outras dependências associadas. A construção no mar, porém, tem custo mais elevado.


 

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