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Codesp fala em monitoramento rigoroso

Fonte: G1 Santos
 
Autoridade Portuária de Santos fala em ‘monitoramento rigoroso’ de nitrato de amônio
 
 
A Santos Port Authority (SPA), Autoridade Portuária de Santos, no litoral de São Paulo, afirma que no cais da cidade é armazenado o nitrato de amônio classe 5 (oxidante), destinado ao uso agrícola. De acordo com a SPA, há um monitoramento rigoroso da temperatura e umidade, rotatividade dos volumes armazenados e ele é misturado a calcário, para dar maior estabilidade ao material. A estatal ainda afirma que esse produto por si só não é inflamável ou explosivo.
 
O nitrato de amônio — matéria-prima principal utilizada na produção de explosivos e fertilizantes — foi a substância que possivelmente causou a explosão na região portuária de Beirute, capital do Líbano, deixando dezenas de mortos e milhares de feridos.
 
Conforme informado ao G1, a movimentação de nitrato de amônio no Porto de Santos ocorre no Terminal Marítimo do Guarujá (TERMAG), localizado na Margem Esquerda do Porto. Segundo a SPA, a segurança é prioridade, assim, todos os procedimentos operacionais são seguidos criteriosamente pelos responsáveis pelas operações e acompanhados por intensiva fiscalização, para garantir segurança à população.
 
De acordo com a Autoridade Portuária, o TERMAG é licenciado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e possui autorização do Exército Brasileiro para armazenagem. Na Margem Direita do Porto (Santos), não há armazenamento, e quando há operação deste produto, ela é feita com descarga direta.
 
Segundo informado ao G1, o terminal autorizado possui Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR) e Plano de Ação de Emergência (PAE) aprovados no âmbito de sua licença de operação. Os operadores que atuam na Margem Direita realizam as operações de descarga utilizando, obrigatoriamente, funil ecológico e kit de atendimento a emergências, sempre acompanhados por equipes de fiscalização de Operações e de Segurança do Trabalho/Meio Ambiente da SPA.
 
A Autoridade Portuária também afirma fiscalizar os terminais no que se refere à Segurança e Meio Ambiente no âmbito do seu Plano Anual de Fiscalização (PAF) e, pontualmente, quando se faz necessário.
 
“Quanto aos riscos decorrentes dessas operações, são gerenciados e reduzidos por ações preventivas de engenharia determinadas pelos Estudos de Análise de Risco (EAR) e pelos Planos de Gerenciamento de Riscos (PGR), que têm como principais controles a umidade e temperatura, as quais são rigorosamente monitoradas quando o produto é armazenado”, coloca a SPA.
 
A Santos Port Authority explica, também, que todos os terminais que operam com produtos perigosos, sejam a granel ou conteinerizados, possuem, no âmbito de suas licenças de operação, Estudos de Análise de Risco (EAR), Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR) e Plano de Ação de Emergências (PAE). Também informa que fiscaliza e determina, por meio de resoluções, medidas de controle ambiental e de segurança.
 
Especialista
 
O nitrato de amônio presente em grandes quantidades no Porto de Santos chamou a atenção de especialistas. Para o engenheiro químico e secretário de Meio Ambiente da cidade, Márcio Gonçalves Paulo, a combinação de produtos químicos possivelmente resultou na explosão no Líbano, e isso pode ocorrer em Santos.
 
Segundo ele, o cais santista tem um grande volume armazenado de nitrato de amônio. Um possível acidente, semelhante ao ocorrido em Beirute, poderia provocar impactos significativos para o Porto e para a cidade de Santos. Ele defende que sejam preparados armazéns mais específicos para esses produtos e que eles estejam afastados das grandes cidades, o que não ocorre no complexo.
 

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