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"Execução da segunda etapa da Perimetral é fundamental”, afirma secretário de Portos de Guarujá

Fonte: A Tribuna On-line
 
Titular da pasta que também abriga Desenvolvimento Econômico, Adalberto Ferreira da Silva conversou com A Tribuna
 
Porto, Perimetral, túnel e relação com Santos. Palavras que estão na boca de Guarujá e, principalmente, do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Portuário, Adalberto Ferreira da Silva. A Tribuna conversou com ele sobre esses e outros assuntos.
 
Como está a relação com a Autoridade Portuária de Santos?
 
A relação da Prefeitura de Guarujá com a Autoridade Portuária está num patamar de proximidade muito bom. A nova Presidência da República tem se mostrado muito acessível, permitindo que estejamos inteiramente a par do andamento de projetos importantíssimos para o Município e que nossas sugestões e prioridades sejam consideradas. Mesmo antes de assumir o cargo oficialmente, o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, esteve com o prefeito Válter Suman (PSDB) e visitou áreas onde existem ações planejadas e avaliou in loco o quão necessárias são as intervenções que temos em parceria e quanto poder elas representam como indutoras de desenvolvimento para a Cidade e a região.
 
Quais seriam?
 
Foi instituído um grupo técnico de trabalho para definir estratégia de implementação da ligação seca, que conta com a participação de representantes dos municípios de Guarujá e Santos, além de outros atores, permitindo uma efetiva contribuição da sociedade no processo de tomada de decisão. Vale destacar a parceria celebrada com a Autoridade Portuária, que está viabilizando o início da desocupação da comunidade da Prainha, com entrega parcial de unidades no Parque da Montanha, a ser realizada muito proximamente, onde o Município arca com infraestrutura e a Autoridade financia a construção do conjunto habitacional. Nosso objetivo é promover a desocupação de toda a área do porto organizado, liberando-a para atividades portuárias.
 
Quais pedidos a secretaria tem feito para a APS?
 
Temos participado diretamente do grupo técnico da ligação seca e todas as nossas ponderações têm sido registradas, analisadas e aceitas. Além disso, solicitamos prioridade para a aceleração dos procedimentos que viabilizarão a execução de obras da segunda fase da Avenida Perimetral, em razão de que, principalmente na época das safras, o impacto do trânsito de caminhões é muito grande. Mais recentemente, pedimos que considerem a possibilidade de estabelecer uma nova parceria para solucionar o problema de ocupação irregular em área do porto organizado, representado pela porção restante da Prainha (cerca de 700 famílias - não contempladas no convênio inicial), o que já está sendo estudado.
 
E as obras da Perimetral?
 
A APS está fazendo pequenas alterações para aperfeiçoamento do projeto geométrico dessa segunda fase da Perimetral, mais especificamente em uma das alças projetadas para acesso da Rodovia Cônego Domênico Rangoni ao Porto (sentido Guarujá-São Paulo), próximo ao Trevo de Morrinhos. A previsão é iniciar a execução de todo o complexo em 2024. A concepção contempla intervenções e passarelas para segregar fluxos e garantir acessibilidade. Acompanhamos de perto o andamento.
 
Quais são os benefícios que isso vai gerar para a Cidade?
 
A execução da segunda etapa da Avenida Perimetral em Guarujá é fundamental para que se concretize a separação do fluxo de tráfego dos veículos de cargas daquele referente a deslocamentos locais. Essa condição fará enorme diferença na qualidade de vida de quem reside em Vicente de Carvalho e acabará com os problemas de interrupção de vias – principalmente nas épocas de safra. O acesso e a saída dos caminhões que servem ao Porto não será mais feito a partir da Rua do Adubo e também não haverá mais transposição em nível da Avenida Santos Dumont. A circulação de veículos alcançará uma situação ideal, com ganhos para todos. As obras do Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá, túnel, Perimetral e intervenções acessórias se complementam e permitirão novo arranjo na configuração urbana, abrindo janelas de oportunidades em muitas frentes.
 
O túnel liga fisicamente Santos e Guarujá. Essa união vai ficar mais forte na economia?
 
A obra do túnel será, certamente, complementada por estruturas de acesso aos bairros e outros equipamentos, como o Aeroporto, Perimetral e área retroportuária, o que é desenvolvimento para toda a região. O projeto contempla espaço para a chegada do VLT em Guarujá, trazendo o sistema troncal de transporte público da região para a Cidade. É outro vetor de transformação e agrega mais força ao movimento de requalificação urbana a ser promovido. Na complementaridade exigida, impõe-se a construção de alças conhecidas tecnicamente como pétalas, na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, em Vicente de Carvalho, para facilitar os acessos e saídas do Porto e áreas de retroporto, sem prejudicar o fluxo local. É correto pensarmos que haverá incremento significativo de comércio e serviços com inter-relação crescente entre os municípios. Além disso, o perfil de determinados projetos, em ambas as cidades, é atrativo para aumento dessa associação, como Aeroporto Metropolitano e Novo Valongo, para dar exemplo.
 

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