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Representação regional

Editorial A Tribuna
 
Não faltam demandas na região para ocupar o tempo e a energia dos quatro parlamentares que assumem esta semana
 
A semana que começa será marcada por importante momento político para a Baixada Santista. Na quarta-feira, os quatro deputados federais eleitos pela região tomam posse na Câmara: Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), Rosana Valle (PL), Alberto Mourão (MDB) e Delegado Da Cunha (PP).
 
Juntos, eles somaram 682.617 votos, número bastante representativo em um universo onde mais de 1,4 milhão de habitantes estavam aptos a votar e, desses, pouco mais de 1 milhão compareceu às urnas no primeiro turno das eleições. As atenções estarão voltadas a esse momento e, a partir de agora, é a eles que serão feitas as cobranças por ações e recursos que tenham por objetivo mitigar os problemas da região, atrair investimentos e dar protagonismo econômico a uma das principais áreas metropolitanas do País.
 
Pilar importante para o Estado de São Paulo, a Baixada Santista tem vocações relevantes para serem transformadas em pautas nas mãos dos representantes legislativos: atividades portuária, turística, industrial e de petróleo e gás. Mais recentemente - e não menos importante -, um outro vetor pode se transformar em ativo valioso: a agenda verde, com potencial no ambiente costeiro e nas florestas preservadas, eixos inovadores em uma política de descarbonização e bioeconomia sustentável.
 
Em todo início de calendário parlamentar, criam-se muitas expectativas em torno dos passos que serão seguidos pelos legisladores eleitos. Que demandas levarão? Farão parte de frentes parlamentares que tenham foco em uma agenda social e de emprego? Estarão presentes nos movimentos criados localmente, mas que demandem a força de um deputado federal? Serão interlocutores com os ministérios ou ficarão reféns das tratativas políticas e partidárias? Em geral, as expectativas se frustram parcialmente, quer pelo apagamento da figura pública, quer pela rendição aos apelos dos seus partidos.
 
Os quatro representantes que nesta semana assumem seus postos em Brasília podem levantar bandeiras que muito interessam à região: a retomada do polo petroquímico de Cubatão, com atração de indústrias de transformação ou instalação de novos setores de base; a utilização, de fato, dos recursos provenientes das concessões portuárias em obras e iniciativas locais; recursos para a saúde que ampliem o teto de procedimentos nos hospitais do SUS; a ligação seca entre Santos e Guarujá, com todo o plano viário que se fizer necessário para dar conta desse fluxo, apenas para citar algumas das áreas prioritárias. Uma ação extra, e não suficientemente citada pelos parlamentares, é a criação de um plano de ação permanente com vistas às mudanças climáticas e todo leque de consequências que elas implicam em uma região costeira.
 
Não faltam, então, agendas importantes para ocupar o tempo e a energia dos quatro parlamentares. Esse é o desejo não só dos que votaram em seus nomes, mas de toda a Baixada Santista.
 

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