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Na torcida por novo terminal em Santos, MSC destaca demanda para próxima temporada de cruzeiros

Fonte: A Tribuna On-line
 
Diretor Geral Adrian Ursilli fala sobre as novidades da empresa e as 200 mil cabines oferecidas ao mercado brasileiro
 
Responsável por 65% do mercado de cruzeiros no País, a empresa MSC conta os dias para o início da temporada 2022/2023. Caberá ao MSC Fantasia, um dos sete navios da companhia que cruzarão as águas brasileiras, sendo cinco deles de forma regular, o pontapé inicial do reencontro de uma legião de cruzeiristas com o prazer de viajar. O recrudescimento da pandemia, com a adoção de novos protocolos e a diversidade de itinerários elevam a expectativa a números consideráveis. De acordo com o diretor-geral da empresa no Brasil, Adrian Ursilli, são oferecidas aproximadamente 200 mil cabines para o mercado brasileiro, numa prova de confiança.
 
Como vem sendo a preparação para essa temporada de cruzeiros?
 
Estamos em preparativos por todo o ano, trabalhando para essa grande temporada, com muito otimismo. A expectativa é bastante positiva. Traremos cinco navios para o Brasil de forma regular. Ao todo, teremos sete navios visitando o País nessa temporada. Cinco de forma regular, um trazendo estrangeiros da Argentina, Uruguai e Chile para o Brasil, e um outro, o MSC Magnifica, que dá a volta ao mundo e passa pelo Brasil. Será a maior temporada de todos os tempos para a MSC Cruzeiros. Ofereceremos aproximadamente 200 mil cabines para o mercado brasileiro, a quem busca fazer suas férias em nossos navios. E com bastante cuidado, trabalhando o produto e a programação, atividades de entretenimento e novos shows. Um cardápio completo para atingir todo tipo de público e necessidade de férias.
 
Esta temporada marca a retomada a pleno vapor, após dois anos de muitas dificuldades incertezas. O que mudou?
 
Os setores de eventos e cruzeiros foram muito impactados pela pandemia. Mas, ao mesmo tempo, isso nos trouxe um aprendizado muito grande. Em todo o processo de operação, durante o principal período da pandemia, elaboramos um protocolo muito robusto, em conjunto com as autoridades nacionais dos diversos países onde atuamos (Brasil, América do Norte, Europa). Isso nos permitiu retomar as operações gradualmente e, hoje, atuamos normalmente em todo o mundo, com regras mais flexíveis. Graças a Deus, o protocolo funcionou e o pior passou. Obviamente, torcemos para que tudo continue assim, mas não deixamos de oferecer um protocolo seguro e uma organização muito pronta e disponível para o hóspede, caso ele necessite.
 
Quais são os cuidados tomados?
 
Aqui no Brasil, juntamente com as autoridades competentes, a Clia Brasil (representante das empresas de cruzeiros), a Anvisa e o Ministério da Saúde, foi trabalhado um novo protocolo para a temporada. Em geral, ele estipula que pessoas com o ciclo vacinal completo ou com um teste RT-PCR 24 horas antes de embarcar possam participar de cruzeiros. As companhias-membros da Clia, visando oferecer ainda mais segurança para os hóspedes, reforçaram ainda mais o protocolo. Com isso, para cruzeiros abaixo de seis noites, será possível embarcar tendo o ciclo vacinal completo ou apresentando um teste RT-PCR ou antígeno negativo feito 24 horas antes da viagem. Para os de seis noites ou mais, é obrigatória a apresentação de teste RT-PCR ou antígeno 24 horas antes do embarque. Se o hóspede estiver vacinado, nós solicitamos que leve o comprovante para mostrá-lo, a título de controle. É importante a gente saber e acompanhar os índices de vacinação. Além disso, estamos exigindo seguro-saúde que dê cobertura para covid, tanto para cruzeiros nacionais como internacionais.
 
Vocês têm observado crescimento na demanda?
 
Os cruzeiros marítimos estão com uma demanda muito forte, felizmente, assim como as férias em terra e no setor aéreo também. Continuamos recebendo essa demanda dos turistas, que estão ávidos por passear, poder aproveitar seu momento de lazer, com sua família, principalmente depois desses dois anos muito difíceis para todo o planeta. Trabalhamos para oferecer produtos completos, com muita diversão, gastronomia internacional, um serviço de alta qualidade, destinos turísticos visitados por todo o Brasil, Argentina e Uruguai, mas com tranquilidade e segurança para garantir que essas férias sejam perfeitas.
 
E qual o perfil desse cruzeirista que agora volta a embarcar em navios?
 
O perfil é, cada vez mais, heterogêneo. Estamos trazendo cinco navios para o Brasil e o MSC Seashore é a grande novidade, porque é o maior e mais moderno transatlântico a navegar em águas brasileiras e a ‘casa dele’ é Santos. Ele fará cruzeiros para o Nordeste (Salvador e Maceió) e também alternando escalas em Búzios. em sete noites. Para Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este, temos o MSC Fantasia, que também sai de Santos e oferece minicruzeiros de três e quatro dias. E há outros navios saindo do Rio de Janeiro, como o MSC Seaview; o MSC Armonia, saindo de Itajaí; e o MSC Preziosa, que recentemente foi anunciado com roteiros híbridos, bastante variados.
 
Quais os destinos favoritos?
 
Por conta dessa diversidade de itinerários e tipos de navios, conseguimos alcançar um público bastante diversificado: os minicruzeiros alcançam o primeiro cruzeirista, que nunca fez uma viagem, com um preço mais acessível, podendo parcelar em 12 meses. Um modelo curto, onde ele experimenta, gosta e volta para fazer outro, mas de sete noites. Estes já atingem o público mais familiar, que procura férias, ou lua de mel, no caso dos casais. Cruzeiros para o Nordeste, em geral, agradam o público que quer mais praia, sol, ter uma semana de férias mais leve. Há ainda itinerários para Buenos Aires, Punta del Este e Montevidéu, que alcançam famílias, casais, um público mais maduro, mas também jovens que querem uma experiência internacional. O que nos propomos é democratizar o luxo, trazendo para todo tipo de público o acesso aos nossos cruzeiros, com diversão a bordo, de maneira segura, acessível, com o melhor custo-benefício do mercado.
 
Os minicruzeiros têm a preferência de muitos passageiros?
 
Hoje, não encontramos férias tão competitivas, em termos de valor agregado e tão atraente, quanto as opções oferecidas pelos cruzeiros marítimos. Você, em três dias, tem viagens a partir de R$ 2 mil por pessoa, incluindo taxas. Para um casal, estamos falando em R$ 4 mil, ou R$ 1,3mil por dia, com todas as refeições incluídas, show de nível Broadway, animação completa, entretenimento e visita a destinos diferentes.
 
Como avalia o impacto econômico de uma temporada de cruzeiros completa como a próxima?
 
Nestes cinco navios regulares, serão aproximadamente 400 mil brasileiros e 50 mil estrangeiros navegando pelo País. A MSC possui uma participação de mercado de 65%. Somos líderes de mercado no Brasil e na América do Sul. Com isso, nossa estimativa é de que o impacto econômico ultrapasse R$ 2,5 bilhões, gerando mais de 30 mil empregos diretos e indiretos. Além de realizar os sonhos dos nossos hóspedes, por trás de tudo isso, há um compromisso social e moral, de gerar emprego, gerar significados, seja para os tripulantes, os home ports que visitamos. Além disso, a cadeia por trás do setor de cruzeiros é muito grande, muito extensa e bastante variada. Desde o abastecimento de hortifrúti, por exemplo, de alimentos, produtos de limpeza, combustíveis, pagamento de tributos, excursões, guias turísticos, taxistas, guardas municipais, estruturas portuárias, até o vendedor de lembrancinhas e suvenires na praia. No momento em que caminhamos para o final dessa pandemia, ainda havendo alguns impactos negativos sobre a economia, é importante esse compromisso do setor de alavancar o desenvolvimento, gerando empregos e receita.
 
Sobre o projeto do novo terminal de passageiros de Santos no Valongo, qual a importância de um espaço maior e mais moderno?
 
Temos muita expectativa, otimismo e esperança. É um mercado muito importante para a MSC Cruzeiros, estratégico. Poder contar com uma infraestrutura maior e mais moderna no futuro seria muito positivo para o planejamento e crescimento constante e sustentável da atividade. O Brasil tem alguns gargalos que precisam ser superados. Por isso, o novo terminal no Valongo tem a torcida de todo o setor para que realmente aconteça.
 

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