Artigos e Entrevistas

O resgate do Porto de Santos

Fonte: A Tribuna On-line / Paulo Corrêa Jr.*
 
Porto de Santos vive atualmente um momento delicado com queda de movimentação, falta de investimentos e perda de espaço, contribuindo para agravar ainda mais a crise de empregos que assola o País
 
 
Longe de manter sua antiga condição de grande responsável pela economia local e geração de empregos, o Porto de Santos vive atualmente um momento delicado com queda de movimentação, falta de investimentos e perda de espaço, contribuindo para agravar ainda mais a crise de empregos que assola o País. Este ano, o índice de atracações entre janeiro e agosto apresentou uma redução de 1,4%, tendo o último mês apontado uma queda de 3,8% na movimentação de cargas, se comparado com o mesmo período de 2018.
 
Sendo ainda o maior América Latina, o Porto de Santos sofre há tempos com a competitividade de outros portos brasileiros, mais modernos, ágeis e, consequentemente, com custos de operação mais atrativos. Esse panorama negativo gerou, entre outros problemas, o enfraquecimento de categorias de trabalhadores, algumas com grande redução, outras quase extintas.
 
Diante deste cenário, já foram detectados vários motivos para o problema, sendo considerado um dos principais o distanciamento da gestão, assim como a falta de interesse e investimento do setor público federal. Por isso, temos chamado a atenção do Governo do Estado sobre a importância de regionalizarmos a instituição para que a administração seja feita de forma mais presente e com figuras competentes que realmente estão interessadas na reversão desse quadro. A ideia é buscarmos soluções de forma mais apurada, técnica e profissional, em troca do que a União faz hoje, leiloando cargos políticos.
 
Com a transferência da gestão - passando da União para o Estado – é possível um maior poder de decisão e administração sobre as reais necessidades do Porto, priorizando questões que possam melhorar seu desempenho e acarretar num número maior de empregos locais. Além de preservar os já existentes, incluindo os ofertados pelo OGMO.
 
Com a regionalização, um planejamento focado em resultados e o maior engajamento da mão de obra local será possível prepararmos nosso Porto para o futuro, evitando a fuga de cargas, retomando sua participação e importância na balança comercial do País. Não nos falta história nem expertise para isso.
 
*Paulo Corrêa Jr., deputado estadual e líder do Patriota na Assembleia Legislativa. É formado em jornalismo e direito.
 

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