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Padrinho político da Codesp, Costa Neto vai para a cadeia

Fonte: AssCom Sindaport / Denise Campos De Giulio



Ele nomeou e demitiu; apadrinhou e derrubou; fez, desfez, mandou atracar e desatracar a qualquer hora do dia ou da noite. Há quem diga que ordenou licitações, concessões, aditamentos, arrendamentos e etc. Gritou e afagou, colecionando amigos e desafetos. E finalmente sai de cena. 
 
Isto porque, nesta quinta-feira o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, decretou a prisão de mais quatro condenados no processo do mensalão, entre eles o deputado e um dos principais padrinhos políticos da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Valdemar Costa Neto (PR-SP). Os demais condenados são os ex-deputados Bispo Rodrigues (PL-RJ) e Pedro Corrêa (PP-PE) e o ex-dirigente do Banco Rural Vinícius Samarane.
 
Após tomar conhecimento da decisão, Costa Neto renunciou ao mandato de deputado federal e em seguida se apresentou no Complexo Penitenciário da Papuda, onde cumprirá sua pena no regime semiaberto. O ex-diretor da estatal portuária foi condenado a 7 anos e 10 meses e ao pagamento de multa no valor de R$ 1,08 milhão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
 
Costa Neto, ainda no antigo Partido Liberal (PL), indicou o ex-presidente da Codesp José Carlos do Mello Rego e o ex-presidente do Conselho Fiscal da empresa, Paulo Vieira, apontado como chefe da quadrilha desmantelada no final de 2012 pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.
 
Mais conhecido como "Boy" pelos corredores da Autoridade Portuária de Santos, o agora condenado Costa Neto também foi o responsável pela nomeação do ex-superintendente jurídico da Codesp, Manuel Luís, desligado recentemente da estatal, entre outros gafanhotos que ainda habitam as dependências da Rodrigues Alves s/nº.
 

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