Artigos e Entrevistas
A eleição e o Porto
Paulo Schiff (*)
Márcio França tem influenciado decisões federais relativas ao Porto de Santos desde 2007. É atribuída ao deputado federal nada mais nada menos que uma parte da responsabilidade pela criação da Secretaria Especial de Portos. Teria sido ele que soprou no ouvido do ex-presidente Lula a idéia. Articulado com as empresas de operação, foi um dos negociadores do Reporto na Câmara, isenção tributária para aquisição de equipamentos que alterou radicalmente o cenário tecnológico portuário em Santos e também em vários outros portos do Brasil. O ex-prefeito vicentino também influenciou a escolha de nomes para a direção da Codesp nesse período. A SEP está com o PSB, partido dele, desde a criação.
Márcio França tem influenciado decisões federais relativas ao Porto de Santos desde 2007. É atribuída ao deputado federal nada mais nada menos que uma parte da responsabilidade pela criação da Secretaria Especial de Portos. Teria sido ele que soprou no ouvido do ex-presidente Lula a idéia. Articulado com as empresas de operação, foi um dos negociadores do Reporto na Câmara, isenção tributária para aquisição de equipamentos que alterou radicalmente o cenário tecnológico portuário em Santos e também em vários outros portos do Brasil. O ex-prefeito vicentino também influenciou a escolha de nomes para a direção da Codesp nesse período. A SEP está com o PSB, partido dele, desde a criação.
João Paulo Papa aproximou Porto e Prefeitura de Santos no período entre 2005 e este ano. Criou a Secretaria Municipal de Assuntos Portuários e Marítimos. Foi tão bem-sucedido nessa iniciativa que o secretário Sérgio Aquino se tornou presidente do Conselho de Autoridade Portuária. Quando Aquino se afastou da presidência do CAP, no primeiro semestre, para se tornar candidato a prefeito, Papa emplacou outro secretário no cargo: o de Planejamento, Bechara Abdalla.
As urnas de domingo desmancharam esses dois arranjos.
O grupo político de Márcio França perdeu a Prefeitura de São Vicente e de Peruíbe e deixou de ganhar em Itanhaém, onde tinha certeza de vitória. As derrotas eleitorais dos candidatos do PSB, Caio França, Milena Bargieri e Marcelo Strama, aniquilaram a base regional do deputado.
O grupo de Papa também implodiu, pelo menos momentaneamente. Sérgio Aquino, o candidato do prefeito teve votação pouco expressiva e foi derrotado já no primeiro turno.
É difícil imaginar que o novo prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, tenha há argumentos suficientes para colocar um aliado na cadeira da presidência do CAP. Tucano, próximo do governador Alckmin, é considerado adversário pela aliança PMDB-PT que está no governo federal.
Márcio França, reduzido ao mandato, e também mais próximo de Alckmin do que de Dilma, também perde espaço no cais.
Será que a peemedebista Antonieta, favorita no segundo turno de Guarujá, e a petista Marcia Rosa, reeleita em Cubatão, vêm aí?
Paulo Schiff Jornalista, Engenheiro e Professor Universitário Gerente de Jornalismo da TVB Band Litoral Presidente do Conselho do Santos FC |