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Fonte: G1 Santos

 

Auditores de outras partes do Estado participaram do ato. Eles são contra as recentes medidas do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU).

 

Auditores-fiscais de diversas regiões do Estado de São Paulo se reuniram em frente à Alfândega do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, para protestar contra as recentes medidas do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) que afetam à Receita Federal e à categoria. Além disso, as atividades dos auditores também foram paralisadas.

 

Os auditores se reuniram, por volta das 10h, em frente ao prédio localizado na Praça da República, no Centro de Santos. Há auditores de várias cidades do Estado de São Paulo. Por conta da chuva, eles ficaram na recepção do local. Vestidos de preto, os auditores carregavam faixas mostrando que são contra as medidas tomadas nas últimas semanas.

 

O Ministro do STF Alexandre de Moraes suspendeu as fiscalizações da Receita Federal envolvendo parentes e empresas de ministros do Supremo e outras autoridades. Já o ministro do TCU, Bruno Dantas, determinou à Receita que informasse números dos processos das fiscalizações, nos últimos cinco anos, que envolvam membros e ex-membros de órgãos federais, dos cônjuges e dependentes. O Governo também anunciou que estuda mudar o status da Receita de secretaria para autarquia.

 

Por conta dessa situação, a categoria aprovou a paralisação da seleção e da fiscalização de tributos internos, para esta quarta-feira (21), em todo o país. Os auditores em Santos anteciparam o movimento nesta terça-feira. Os funcionários da Receita Federal, Delegacia e Alfândega do Porto de Santos paralisaram as atividades.

 

"Já demos o 'start' em Santos porque é de grande importância para o país, é o maior Porto. Sabemos que o reflexo aqui é sempre maior. Todas as atividades estão paradas nesse dia por conta do ato. O que para hoje, amanhã dá reflexo para a sociedade. Um dia parado no Porto de Santos representa de R$ 200 a R$ 300 milhões em arrecadação", disse o presidente do Sindicato dos Auditores-Fiscais (Sindifisco Nacional) em Santos, Renato Tavares.

 

Segundo ele, a categoria está sofrendo retaliação por ter que cumprir essas medidas e deixar que as autoridades não sejam fiscalizadas. "A gente espera, com os atos, que parem de interferir na Receita Federal, dividindo quem pode ser fiscalizado ou não. Estamos sendo cerceados", afirmou Tavares.