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Brasil cria 32.140 vagas com carteira e tem pior maio desde 2016

Fonte: Valor Econômico
 
O mercado de trabalho brasileiro registrou a criação de 32.140 vagas formais em maio, o pior resultado para o mês desde 2016 (quando foram perdidas 72.615 vagas). O saldo líquido é resultado de 1.347.304 admissões e de 1.315.164 desligamentos. No ano, foram criados 351.063 postos de trabalho com carteira assinada e, em 12 meses, 474.299 vagas.
 
Os números estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Ministério da Economia, e estão sem ajuste -- ou seja, não consideram informações entregues pelas empresas fora do prazo.
 
Setores
 
Dos oito setores acompanhados, três fecharam vagas - comércio (-11.305), indústria da transformação (-6.136) e serviços industriais de utilidade pública (-415).
 
Ao mesmo tempo, foram criados 627 empregos no setor de extrativa mineral, 8.459 na construção civil, 2.533 em serviços, 1.004 na administração pública e 37.373 na agropecuária.
 
Regiões
 
Segundo os dados divulgados nesta quinta, apenas na região Sul foi registrado saldo negativo de emprego no quinto mês do ano. Na região Sul, foram perdidos 10.935 postos de trabalho com carteira assinada.
 
Já a região Sudeste liderou o ranking de criação de novos postos com a geração de 29.498 empregos, seguida pela região Centro-Oeste (6.148); Norte (4.110) e Nordeste (3.319).
 
Das 27 unidades da federação, 19 registraram aumento de vagas com destaque para Minas Gerais (18.300), Espírito Santo (9.384) e São Paulo (6.023). Dentre os oito que fecharam postos, se destacaram Rio Grande do Sul (-11.207), Rio de Janeiro (-4.289) e Ceará (-1.428).
 
Salário médio
 
Os dados do Caged mostraram que o salário médio real de admissão no país foi de R$ 1.586,17 em maio, que representa uma queda real de 0,64% ante mesmo mês de 2018. 
 
A maior redução de salário médio real de admissão foi verificada nos setores da indústria da transformação e construção civil, ambos com redução real de 2,5%, em maio ante mesmo mês do ano passado. Por outro lado, houve uma elevação significativa de 12,01% no salário de admissão do setor de extrativa mineral.
 
No que diz respeito ao salário médio real de desligamento, o valor foi de R$ 1.745,34. Em maio de 2018, esse valor correspondia a R$ 1.761,90.
 
Trabalho intermitente
 
O trabalho intermitente, modalidade criada pela lei trabalhista (que entrou em vigor em novembro de 2017), registrou, no quinto mês de 2019, um saldo positivo de 7.559 empregos criados. O número decorre de 12.780 admissões e 5.221 desligamentos.
 
No chamado regime de tempo parcial, foram registradas 6.343 admissões e 4.966 desligamentos, gerando saldo de 1.377 empregos.
 
Já na demissão mediante acordo entre empregador e empregado, houve 19.080 desligamentos em maio, envolvendo 12.913 empresas.
 

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