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Novo condomínio logístico do Porto de Santos segue indefinido
Fonte: BE News
Prefeitura de Cubatão se opôs ao projeto do pátio na Ilha do Tatu e ofertou novas áreas para o empreendimento
A discussão para implantação de um novo pátio de caminhões que serviria como um condomínio logístico do Porto de Santos na cidade de Cubatão, no litoral de São Paulo, segue sem uma definição. Inicialmente, o ativo seria instalado na área da Ilha do Tatu, mas a prefeitura de Cubatão se manifestou contra o projeto por questões ambientais e urbanísticas, ofereceu um novo espaço e afirmou esperar por uma definição do assunto até o próximo mês.
Previsto para ocupar uma área de 106.637 m² e com capacidade para 500 vagas até 2028, o pátio regulador será operado pela Condilog, empresa vencedora da licitação. O contrato de concessão, com duração de 35 anos, prevê um investimento total de R$ 3 bilhões.
Após o processo de licitação, a Prefeitura de Cubatão e representantes da sociedade civil criticaram a localização do projeto, alegando impactos ambientais e sociais negativos, e se posicionaram contra o empreendimento.
Em março, o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, se reuniu com o prefeito cubatense, Cesar Nascimento (PSD), para debater o futuro da proposta. Na ocasião, César reiterou sua posição contra o empreendimento na Ilha do Tatu e ofertou outras áreas como possibilidade, principalmente no Polo Industrial de Cubatão. Porém, os locais exatos desses outros espaços não foram divulgados.
Avaliação
Durante a realização do Santos Export, também março, Pomini, comentou sobre a reunião e disse que haverá uma análise em conjunto para avaliar as possibilidades dos outros locais.
“A reunião foi muito propositiva, baseada no diálogo. Nós fomos entender as razões da cidade, que tem traumas do passado em razão da falta de planejamento sobre o tema ambiental. Nós propusemos que, enquanto o processo de licenciamento tramita junto aos órgãos ambientais, que é uma exigência, nós analisaremos em conjunto outras propostas. Se o órgão disser que a obra não é viável naquele local, nós não teremos nenhum problema de redirecionar nossos estudos para outros locais indicados pelo prefeito”, afirmou.
A oferta de novas áreas, em especial dentro da região do Polo Industrial de Cubatão, já foi apresentada em Brasília ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em fevereiro.
Independente da área definida, Pomini reforçou a importância da instalação do condomínio, que reflete com a projeção de crescimento do Porto de Santos. “É importante que se diga que o porto está crescendo. Passaremos para uma poligonal de 7,8 milhões para mais de 20 milhões de metros quadrados. No ano passado tivemos 180 milhões de toneladas de cargas movimentadas. Teremos um megaterminal, o Tecon Santos 10, o canal estará aprofundado, então precisamos de condomínios logísticos. O Porto precisa crescer e precisa do apoio de todas as cidades”, finalizou.
Falta retorno da APS
Fabrício Lopes, Secretário de Indústria, Porto, Emprego e Empreendedorismo de Cubatão, afirmou em entrevista ao BE News ontem (5), que após a reunião com o presidente da APS, a negociação segue em aberto e que a Administração Municipal aguarda por um novo posicionamento da Autoridade Portuária.
“A APS também precisa trazer à mesa as suas contraposições às áreas que ofertamos e isso não foi feito até o presente momento. Como o prefeito tem insistido, vamos dialogar até o último minuto e brigar para preservar aquela área”, comentou.
Ainda de acordo com o secretário, a prefeitura gostaria de se reunir com representantes da empresa vencedora da licitação, para que ela possa se manifestar a respeito da possibilidade dos outros locais. Espera-se que o caso seja definido até o próximo mês.
“Estamos oficiando a APS para que a gente possa, inclusive, se for da vontade, que a empresa vencedora do certame possa se sentar à mesa e entender quais os riscos, vantagens e benefícios para colocar a operação em um local industrial, fazer com que essa assunto seja encerrado e a gente possa ter o complexo instalado na cidade ou não. A gente espera que até meio do ano seja possível encerrar essa conversa”, explicou



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