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Mudança faria Concais dobrar de tamanho
Fonte: A Tribuna
Nova área tem 85 mil metros quadrados
O Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini pode mais que dobrar de tamanho se for transferido da região de Outeirinhos para a área entre o Valongo e o Saboó, em Santos. Atualmente, o terminal administrado pelo Concais está em um espaço de 41.895 metros quadrados (m2), contra 85 mil m2 do novo local.
Com a mudança, seria necessário um investimento de R$ 1,410 bilhão para a implantação de prédios e infraestrutura de acesso para receber os cruzeiros. Esse montando seria divido da seguinte forma: o Concais gastaria R$ 662 milhões e a Autoridade Portuária de Santos (APS) entraria com R$ 748 milhões.
Os detalhes estão na proposta de substituição de área do contrato de arrendamento do Concais. O documento foi disponibilizado para consulta pública no site da APS (www.portodesantos.com.br), que fará uma audiência pública sobre o tema na próxima sexta-feira, às 9 horas, na sede da administração do Porto (Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, s/nº, no Macuco).
Serão colhidas sugestões para a proposta, que não é consenso no Porto. Embora seja importante para o turismo local, empresas de contêineres reivindicam a área para aumento da capacidade, ressaltando que o cais santista necessita dessa expansão. Portanto, não há decisão definitiva sobre o espaço.
DIVISÃO
Segundo a proposta de mudança solicitada pelo Concais e apoiada pela APS e pela Prefeitura de Santos, seriam necessários, para o novo terminal, a construção, por parte da empresa, de um edifício garagem, passarela de interligação, terminal de passageiros e passarela de embarque.
Já a APS faria o cold ironing (conexão em terra para fornecer energia elétrica para um navio atracado), píer, reforço do cais e dragagem (veja detalhes dos custos estimados no quadro ao lado).
ZONEAMENTO
umento, a Autoridade Portuária descreve que a proposta de substituição de área está alinhada com as diretrizes do planejamento portuário do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos (PDZ), aprovado em julho de 2020. “Além de promover a integração do porto com a cidade, (a mudança) traz ganhos operacionais à atividade portuária”, cita a APS.
O PDZ prevê a integração de Outeirinhos, onde se encontra o atual terminal de passageiros, ao cluster de fertilizantes. “A substituição de área proposta antecipará as iniciativas de longo prazo previstas no plano, potencializando ao máximo a capacidade do cluster de granéis sólidos minerais de desembarque, contribuindo significativamente para o atendimento efetivo da demanda pelo Porto de Santos, aumento da eficiência portuária e redução de custos logísticos”.
Do ponto de vista operacional, diz a proposta, a transferência aumenta a eficiência de movimentação de passageiros, devido à construção de três berços de atracação, “eliminando conflitos entre operações de carga e passageiros”.
CONSTRUÇÕES
O espaço físico construído do novo terminal teria capacidade para operar, ao mesmo tempo, até três navios com 6 mil passageiros (18 mil embarcando e 18 mil desembarcando).
Com uma área de construção de 34.340 m2, o terminal prevê portaria principal, refeitórios e vestiários para funcionários diretos e terceirizados, áreas de manutenção, almoxarifado, subestação elétrica, sala de geradores e tanques de combustível, além de sistemas avançados de segurança, com detecção de metal e escaneamento de bagagens.
calizado hoje em área municipal, de 11.995 m2, fora da poligonal do Porto Organizado, que atualmente é utilizada como garagem de bondes na região do Valongo, foi projetado para conter cinco pavimentos, incluindo o térreo, com 1.353 vagas para estacionamento.
PERMUTA
O prefeito de Santos, Rogério Santos (Republicanos), disse que o Município cederá áreas ao Governo Federal para o futuro terminal de passageiros, no Valongo, para construção de um edifício-garagem.
O projeto será apresentado na audiência pública que a Autoridade Portuária de Santos realizará no próximo dia 14, em sua sede. “Nós faremos uma permuta de áreas, com o Governo Federal e a Autoridade Portuária, na Estação do Valongo, em frente ao Museu Pelé, onde as pessoas embarcam e desembarcam do bonde, para o receptivo aos automóveis. Nós levaremos o museu e os bondes para outro local, provavelmente à região do Outeiro de Santa Catarina, para trazer essa chegada dos cruzeiristas para o Valongo”.



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