Fonte: Agência iNFRA
A expectativa do MPor (Ministério de Portos e Aeroportos) é de que as obras do túnel Santos–Guarujá comecem em janeiro. De acordo com o ministro Silvio Costa Filho, o contrato será assinado em dezembro. O leilão foi realizado em setembro, após quase um século de estudos para a execução do túnel submerso.
O grupo Mota-Engil foi o vencedor do certame. Conforme apurou a Agência iNFRA, a principal incógnita no momento é a definição do local do canteiro de obras. Integrantes da gestão do Porto de Santos apostam que ele será instalado na área do Linhão, por ser a mais próxima do ponto onde o túnel será construído.
As declarações foram dadas pelo ministro do MPor durante o programa “Bom Dia, Ministro”, desta terça-feira (4). “Estive recentemente conversando com a construtora, e a nossa expectativa é que, entre os dias 15 e 30 de janeiro, possamos iniciar a obra. O presidente Lula vai estar no estado de São Paulo lançando a pedra fundamental, para que a gente possa marcar o início das obras”, afirmou.
O projeto do Túnel Santos–Guarujá prevê investimentos de cerca de R$ 5,9 bilhões, incluindo as obras de implantação e a operação por 25 anos. A estrutura terá aproximadamente 1,5 quilômetro de extensão, ligando a margem direita do Porto de Santos, em Santos, à margem esquerda, no Guarujá. O empreendimento contempla vias de acesso, sistemas de ventilação, iluminação, drenagem e segurança, além de faixas exclusivas para pedestres, ciclistas e transporte público. O túnel é considerado uma das principais obras de integração logística e mobilidade urbana da região portuária.
PL das bagagens
Questionado sobre o projeto de lei que proíbe no Brasil a oferta de passagens aéreas que não incluam a bagagem de mão e a mala despachada, Silvio Costa Filho reafirmou sua posição de que o passageiro não deve pagar por esse custo extra, em sua avaliação, considerando o valor das passagens aéreas.
No entanto, defendeu que o Congresso Nacional possa fazer uma discussão sobre a cobrança de bagagem em voos internacionais, “porque, se não discutirmos isso, pode afastar companhias aéreas internacionais aqui do Brasil”, afirmou.
Como já
mostrou a Agência iNFRA, o setor e a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) alertaram que o projeto aprovado na Câmara, e que agora precisará ser analisado no Senado, fere os acordos de serviços aéreos que o Brasil tem com uma centena de países, uma vez que esses tratados estabelecem liberdade tarifária para as companhias aéreas que resolvem trazer voos ao país.