Fonte: A Tribuna On-line
Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) alertou para demora no tempo de liberação de cargas
A continuidade da greve dos auditores da Receita Federal, que começou em novembro de 2024, vem trazendo preocupação para a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol). Em nota, a entidade destacou os impactos ocorridos na logística de cargas em todo o Brasil. A paralisação, que começou em novembro de 2024 e segue sem previsão de término, também afeta o Porto de Santos.
No posicionamento, a entidade cita que observa um "aumento expressivo e desproporcional" no tempo de liberação de cargas nos principais aeroportos e em portos estratégicos do Brasil desde o início da greve.
A Abol cita como exemplos os aeroportos de Viracopos e Guarulhos, em Campinas e São Paulo, respectivamente. Segundo a entidade, os dois aeroportos vivem uma situação "especialmente crítica, com mais de 100.000 envios, entre encomendas e documentos, acumulados nos armazéns a cada ciclo de liberação", que é de 14 dias.
"A sobrestadia das mercadorias, associada à ausência de condições adequadas para sua manutenção nos terminais de carga, tem gerado atrasos em serviços de abastecimentos essenciais à população, quebra de contratos com clientes e embarcadores e, no pior dos casos, avarias que comprometem a integridade dos produtos", alertou a entidade.
Outro ponto ressaltado na nota é em relação às cargas sensíveis, como medicamentos, equipamentos eletrônicos e insumos perecíveis. Segundo a entidade, ainda que haja tratamento diferenciado, elas "frequentemente deixam de ser armazenadas e transportadas nas condições ideais, resultando em atrasos e perdas a empresas e consumidores" e também afetando o abastecimento da saúde.
Greve da Receita Federal
O movimento da categoria ocorre em todo o Brasil. Os auditores reivindicam, junto ao Governo Federal, "reposição pela inflação dos vencimentos da classe", além da "revogação da medida que diminui o valor do bônus por produtividade".