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24/09/2024 - 10h51

Confira as propostas dos candidatos à Prefeitura para o Porto de Santos


Fonte: A Tribuna On-line
 
O que pretendem fazer para fortalecer a relação Porto-Cidade e impulsionar a economia local por meio do Porto? Foi a pergunta feita por A Tribuna
 
Os candidatos e candidatas à Prefeitura de Santos respondem abaixo à pergunta feita por A Tribuna: O que pretendem fazer para fortalecer a relação Porto-Cidade e impulsionar a economia local por meio do Porto?
 
Nando Pinheiro (Avante)
 
44 anos, nascido em São Paulo. Veio morar na região na infância. Formado em Artes Cênicas, é casado, tem três filhos e é empresário, empreendedor, comunicador, ator, locutor, dublador e mestre de cerimônias.
 
Número na urna: 70
 
Em relação aos empregos, investimentos e impulsionamento da economia no Porto de Santos, nós temos que trabalhar com muita seriedade e junto às empresas que fazem essas contratações. Temos que incentivá-las e, quem sabe, até por intermédio de subsídios, para que cada vez mais sejam contratados profissionais especializados em diversas áreas. Profissionais esses que vão ter aqui em Santos cursos preparatórios no que diz respeito a todas as atividades do Porto.
 
Nós vamos investir junto com a iniciativa privada, no estilo parceria público-privada (PPP), conversando junto aos investidores e profissionais do Porto de Santos para que possamos reverter esse cenário e impulsionar a economia, gerando empregabilidade no Porto. O tema Porto-Cidade é algo muito importante para mim e sempre foi para a cidade de Santos, que se construiu e cresceu muito ao redor do Porto. Agora é a hora de engajar o Porto com a Cidade.
 
Quero fazer mais e melhor para essa iniciativa, incentivando também, já que nós falamos da questão do Centro Histórico de Santos, para que empresas de fora possam vir, investir e colocar os seus escritórios aqui em Santos, e possam operar, contratando profissionais que já estarão capacitados também pelos cursos que nós vamos oferecer.
 
A Prefeitura terá total condição de tratar com carinho todos aqueles que trabalham e que investem em diversas áreas que fomentam o Porto de Santos e, principalmente, os estivadores que hoje não tem nenhum tipo de representatividade, zelo e atenção.
 
Nós podemos também fazer a questão da zeladoria cada vez melhor no Porto de Santos e também na questão do turismo, não só no que diz respeito às importações e às exportações, além do envio e recebimento de produtos que nós temos constantemente aqui na Baixada Santista, mas também poder transformar o Porto em uma área de convívio cultural, movimentando as diversas formas de entretenimento, diversão e laser, mostrando ao mundo, de uma forma diferente, o maior Porto da América Latina.
 
Rogério Santos (Republicanos)
 
58 anos, nasceu em Santos. É formado em Odontologia, com especialização em Saúde Pública e mestrado em Saúde Coletiva. Servidor público concursado desde 1988. Eleito em 2020, busca o segundo mandato consecutivo como prefeito.
 
Número na urna: 10
 
A relação entre Santos e seu Porto é importantíssima e remete à história da Cidade. A atividade portuária representa não apenas uma das maiores fontes de tributos ao município, como é uma das maiores geradoras de postos de trabalho. Os assuntos referentes ao Porto, como a importância do cais público, e principalmente às pessoas que lá trabalham, merecem atenção especial. O trabalhador portuário enfrenta novos desafios com o avanço da automação, que exige estratégias de qualificação e recolocação e a defesa dos seus direitos.
 
As atividades portuárias também geram impactos no cotidiano da Cidade, como a grande circulação de caminhões, que necessitam de soluções que envolvem desde bolsões estratégicos de estacionamento como o emprego de energias renováveis e não poluentes.
 
Dentro das alternativas que formulo estão soluções viárias como a construção do túnel ligando as zonas Leste à Noroeste; o impulso ao turismo com a complementação do Parque Valongo e a mudança de endereço do Terminal de Cruzeiros; a implantação de áreas de livre comércio que impulsionem as exportações e a geração de emprego e renda.
 
Para isso, proponho atuar em parceria com os governos Estadual e Federal para a implantação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) na Área Continental. Também quero criar a Regional do Distrito Porto-Industrial da Alemoa e revitalizar o Bairro Alemoa Industrial, com melhorias no sistema viário e iluminação pública.
 
Vou promover gestões para garantir a construção do novo viaduto da Alemoa; fortalecer a integração Porto-Cidade por meio de acordos de cooperação com o Governo Federal; trabalhar em conjunto com o Governo do Estado e Governo Federal para implantação do túnel Santos-Guarujá.
 
São projetos planejados em conjunto com quem pensa e faz o porto, pois ninguém faz nada sozinho, para garantir que Santos continue avançando. Trabalho desenvolvido com a experiência de quem sabe fazer, ética e transparência, tudo isso para garantir resultados positivos para todos.
 
Rosana Valle (PL)
 
55 anos, nascida em Santos. É jornalista, escritora, membro da Academia Santista de Letras e deputada federal. Foi eleita pela primeira vez para a Câmara em 2018. Está em seu segundo mandato consecutivo no Congresso.
 
Número na urna: 22
 
O Porto de Santos é a principal força propulsora do desenvolvimento da nossa cidade e não pode ser negligenciado em qualquer política de emprego e renda. Primeiramente, nós vamos resolver o problema das empresas que têm encontrado dificuldades burocráticas junto à Prefeitura de Santos. As empresas do Porto que precisam de licença de funcionamento e autorizações da Prefeitura estão reféns da falta de critério do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) dos seus empreendimentos.
 
O Termo de Responsabilidade de Implantação de Medidas Mitigadoras e/ou Compensatórias (Trimmc) não tem critérios objetivos. Vamos eliminar esse gargalo, simplificando processos e facilitando a vida dos empreendedores. A nossa gestão tem por prioridade valorizar a livre iniciativa, retirando os entraves da construção de riqueza e geração de novos empregos. Por outro lado, queremos trazer as empresas de Santos para dentro do Parque Tecnológico, a exemplo do que foi feito em São José dos Campos. Isso significa criar um ambiente de parcerias com as empresas do mundo digital, que pode favorecer novos negócios e impor novo dinamismo na economia da cidade.
 
Também vamos criar um amplo programa de capacitação profissional, em parceria com o Sistema S, as Escolas Técnicas e as universidades, para preparar nossa população para as demandas atuais do mercado de trabalho, com cursos de capacitação profissional alinhados com as necessidades da região.
 
Além disso, faremos a inclusão comunitária, fortalecendo o vínculo com o Porto e valorizando suas atividades; atrairemos investimentos para setores produtivos e tecnológicos na área portuária e capacitação profissional; desenvolveremos um planejamento integrado que harmonize à infraestrutura portuária com as necessidades urbanas; vamos assegurar a participação ativa do município em conselhos e, por fim, fortalecer a colaboração com a União para garantir que as decisões sobre o Porto considerem os interesses do município - usando o mesmo mecanismo para mitigar impactos negativos.
 
Telma de Souza (PT)
 
79 anos, nascida em Santos. Pedagoga, advogada e mestre em Saúde Pública, foi prefeita de Santos entre 1989 e 1992, deputada federal, deputada estadual e, atualmente, é vereadora.
 
Número na urna: 13
 
Somos uma cidade portuária e a Prefeitura tem de ser protagonista na relação Porto-Cidade. Essa relação já foi melhor. Prova disso é que, nos anos 1990, consegui, enquanto prefeita, a readmissão de 5.372 trabalhadores da antiga Codesp que foram demitidos arbitrariamente. Mas, em anos recentes, essa relação foi prejudicada.
 
É desse período (2019-2022) em que não houve diálogo Porto-Cidade a imposição de um novo Plano de Desenvolvimento de Zoneamento (PDZ) que ignorou as nossas instituições. Esse plano permite um terminal de gás com navios-bomba no canal do Porto em meio a bairros populosos, além da instalação no Macuco de um terminal de amônia, a mesma substância que em 2020 causou uma tragédia em Beirute.
 
Hoje temos o Governo Federal mais sensível aos problemas locais. Prova disso é que o túnel Santos-Guarujá será uma realidade já nos próximos anos. Entre as principais propostas da nossa candidatura para fortalecer a relação Porto-Cidade, estão gestões junto ao Governo Lula para a reformulação do PDZ, para evitar que 40 empresas poluentes se instalem no Município, assim como a garantia de que o túnel não vai resultar em desapropriações, conforme o projeto da Autoridade Portuária de Santos (APS). O Estado quer empurrar um traçado antigo, com dezenas de desapropriações. E, finalmente, a criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Santos.
 
Já existem mais de 20 ZPEs no Brasil e o Governo Federal já concluiu, por meio de estudo, a viabilidade da ZPE de Santos. Queremos empresas limpas e desenvolvidas em ESG (Governança ambiental, social e corporativa). A Área Continental do Município e o nosso Parque Tecnológico podem vivenciar um desenvolvimento gigantesco em setores como o de produtos de saúde, de tecnologia da informação e logística e de energia limpa, todos da Nova Economia.
 
Santos é uma Cidade que tem um Porto e não um Porto que tem uma Cidade. Por essa lógica, a municipalidade tem de estar no centro das decisões dessa relação. É isso que faremos.