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Nitrato de Amônio no Porto pode causar explosão duas vezes pior do que Hiroshima, diz OAB Santos

Fonte: Santaportal
 
A OAB Subseção de Santos oficiou autoridades sobre a segurança do transporte e armazenamento do nitrato de amônio, cuja quantidade que chega ao porto santista, a cada navio, é dez vezes maior que a de Beirute. Na visão da entidade, caso não sejam tomadas providências, pode acontecer no Porto de Santos uma destruição duas vezes pior do que a bomba que atingiu Hiroshima, em 1945.
 
A quantidade de nitrato de amônio que chega ao Porto de Santos fica em torno de 27.000 a 30.000 toneladas por navio. A quantidade que assolou Beirute foi estimada em 3.000 toneladas. A explosão na capital do Líbano deixou pelo menos 137 mortos e mais de 5 mil feridos.
 
A carga libanesa do nitrato de amônio foi comparada a 20% do poder de destruição da bomba de Hiroshima. “Se recebemos 30.000 toneladas a cada navio, significa que desafiamos a sorte permanecendo sobre duas bombas atômicas", afirmou Rodrigo Julião, presidente da OAB Subseção de Santos.
 
Julião solicitou resposta das autoridades em caráter de urgência. “Beirute nos alertou sobre uma realidade muito próxima a cada um de nós. A Baixada Santista precisa de respostas e vamos cobrá-las a quem de direito".
 
O presidente da Subseção da OAB oficiou na última sexta-feira (7) para a Presidência da República, o Ministério Público Federal, o Ministério da Defesa e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais – IBAMA, sobre o transporte e armazenamento do nitrato de amônio.
 
Produto químico utilizado como fertilizante, herbicida e inseticida, a substância é também a base para a produção de explosivos.
 
“O grau de perigo é tal que o Exército acompanha o transporte e o armazenamento. Infelizmente, os desembarques de navios que transportam esse produto, não vêm sendo fiscalizados pelos órgãos públicos competentes e, muito menos, assistidos pelo Corpo de Bombeiros”, alertou Julião.
 

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