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Indicador Antecedente de Emprego avança 6,2 pontos em novembro, após 8 quedas

Fonte: DCI / Estadão Conteúdo
 
Recuperação pode indicar nova onda de otimismo, mas economista recomenda cautela quanto a expectativa de contratações
 
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 6,2 pontos em novembro comparado a outubro, para 97,0 pontos, informou nesta quinta-feira, 6, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). O desempenho positivo interrompe uma sequência de oito quedas consecutivas, que levou o índice ao seu menor nível desde dezembro de 2016, em outubro deste ano (90,8 pontos).
 
"O Indicador Antecedente do Emprego recuperou em novembro parte das perdas ocorridas nos meses anteriores. Após grande expectativa de melhora não realizada na economia, o índice começou a ceder a partir de fevereiro de 2018. A recuperação do último mês pode indicar uma nova onda de otimismo na economia brasileira. No entanto, devemos esperar novas observações para verificar se de fato teremos expectativas otimistas quanto à contratação no próximo ano", explicou, em nota, o economista da FGV/Ibre Fernando de Holanda Barbosa Filho.
 
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 1,3 ponto em novembro ante outubro, para 98,9 pontos, retornando ao patamar de novembro do ano passado.
 
O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.
 
"O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) permanece oscilando em torno de um mesmo patamar elevado ao longo do último ano. Isto indica um mercado de trabalho bastante difícil, o que caminha em linha com a elevada taxa de desemprego observada no país. Uma queda do ICD somente deve ocorrer com uma melhora mais robusta do nível de atividade e das contratações no mercado de trabalho", explicou Barbosa Filho.
 
Todos os sete indicadores que compõem o IAEmp contribuíram positivamente para o aumento do índice, com destaque para o indicador que mede o emprego local futuro da Sondagem do Consumidor, que contribuiu majoritariamente para o aumento do indicador, ao variar 19,1 pontos na margem.
 
As classes de renda que mais contribuíram para a queda do ICD foram a dos consumidores com renda familiar até R$ 2.100,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) caiu 4,5 pontos; e a dos consumidores com renda acima de R$ 9.600,00, com recuo também de 4,5 pontos.
 

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