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Brasil sofre queda na movimentação de contêineres mas continua no topo de ranking da ONU

Fonte: G1 Santos
 
Dados foram divulgados pela CEPAL e são referentes ao ano de 2016.

 
O Porto de Santos aparece em primeiro lugar no ranking da movimentação de carga em contêineres da América Latina e Caribe. O estudo foi divulgado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), uma das comissões da ONU, e é referente aos dados de 2016. Apesar de estar no topo, juntos, os portos brasileiros apresentaram uma queda de quase 5% na movimentação de carga, se comparado ao último ranking divulgado pela organização.
 
O ranking é feito anualmente e detalha os movimentos de carga em contêineres nos 120 portos da região, com base nas informações coletadas diretamente com as autoridades portuárias e profissionais dos terminais marítimos.
 
De acordo com os dados, em 2016, a movimentação de contêineres diminuiu 0,9%, com um volume total aproximado de 47,5 milhões de TEUs (unidade de medida padrão, equivalente a um contêiner de 20 pés). O Brasil se manteve em primeiro lugar com 8.806.514 milhões de TEUs, seguido pelo Panamá com 6.266.502 e o México com 5.682.322.


 
Porto de Santos
 
O Porto de Santos é responsável por grande parte dos números apresentados pelo país e, também ocupa a posição no ranking feito de acordo com os portos. Em 2016, Santos movimentou 3.393.593 milhões de TEUS. O número é 7,5% menor se comparado a 2015, quando o cais santista atingiu a marca de 3.645.448 milhões de TEUS.
 
“Foi um ano difícil. O ano de 2016 foi complicadíssimo. Foi um reflexo da economia brasileira. Em todo o planeta teve redução do crescimento. A redução não foi só no Porto de Santos. Tivemos várias empresas fechadas, pessoas desempregadas. Mesmo diante do cenário crítico, mesmo tendo uma redução numérica, mantivemos a primeira colocação”, disse o presidente da Codesp, Alex Oliva.
 
No ranking, atrás de Santos está o Porto de Colon com 3.258.381 milhões de TEUS movimentados e o Porto de Balboa, com 2.989.860 milhões, ambos localizados no Panamá. O Porto de Manzanillo (2.580.660) , no México, ocupa a quinta posição e, logo depois, vem o Porto de Cartagena (2.301.099), na Colômbia.
 
Segundo Oliva, grande parte dos portos da América Latina e do Caribe é de passagem, ou seja, apenas servem para a movimentação de cargas da Europa e Ásia, diferentemente da função do Porto de Santos. “Eles estão no canal do Panamá, diferente do Porto de santos, que é concentrador e distribuidor. É maior que o somatório dos outros portos. Nossa posição sempre será de liderança qualitativa. Em volume continuamos na frente”, explicou.
 
A expectativa de Oliva é que, no próximo ranking da ONU, que mostrará os números de 2017, o Porto de Santos se mantenha em primeiro lugar e também apresente um crescimento na movimentação de contêineres. Segundo ele, o cenário econômico e portuário deste ano já está se mostrando melhor que no ano passado.
 
“Fechamos a nossa estatística e crescemos em 4,4 milhões de toneladas na movimentação de contêiner no Porto de Santos nos primeiros cinco meses em relação ao mesmo período do ano passado. Aumentamos a importação e exportação. Nossa meta é ultrapassar os 120 milhões de toneladas da carga total. Em 2016, foram 113 milhões de toneladas da carga total. 2016 não foi melhor por causa do cenário econômico, não por falta de trabalho, eficiência, logística, dinâmica e volume. Isso mostra que estamos no caminho certo”, afirmou.

Confira os dados dos rankings da CEPAL 2016 (em milhões de TEUS)


 

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