Fonte: BE News
Remoção das pedras do canal de navegação é a primeira etapa para aprofundar o acesso marítimo
A Autoridade Portuária de Santos (APS) aguarda os últimos detalhes para assinar o contrato que permitirá o início das obras de derrocagem do canal de acesso do Porto de Santos (SP). O processo de remoção dos trechos rochosos é a primeira etapa para aprofundar o acesso aquaviário – o que permitirá que os navios de 366 metros cheguem ou saiam totalmente carregados do complexo, o que não é possível atualmente.
A empresa vencedora da licitação e responsável pela obra é a DTA Engenharia, que arrematou o certame com uma proposta no valor de R$ 17,08 milhões.
“O processo licitatório está em fase atual de homologação. A assinatura do contrato ocorrerá em breve”, mas a data não foi divulgada pela companhia, em informação repassada ao BE News.
Um estudo recebido pela Autoridade Portuária sobre a infraestrutura aquaviária do porto — que inclui canal de navegação, áreas de acesso e berços de atracação — mostrou que há 31 pontos com rochas que impedem o aprofundamento.
O prazo do contrato com a DTA Engenharia será de 18 meses, a partir da assinatura do contrato. Já o prazo de execução dos trabalhos de derrocagem será de quatro meses, contados a partir da emissão da ordem de serviço.
“Nós temos as licenças ambientais para derrocarmos, ou seja, quebrar as pedras. Será utilizado um equipamento, ao invés de usar dinamites, que põe risco a vida de mergulhadores e prejudicam o próprio canal, principalmente em questões ambientais”, comentou o presidente da APS, Anderson Pomini. Ainda segundo ele, esta etapa precede a obra de dragagem que irá aprofundar o canal de 15 metros para 16 metros.
Aprofundamento do canal
No final do mês passado, a Autoridade Portuária abriu a licitação para contratar a empresa responsável pelos serviços de dragagem de aprofundamento do canal. Quem vencer, ficará responsável pela obra que aumentará a profundidade do canal de 15 metros para 16 metros.
O contrato com o vencedor terá validade de quatro anos. Os serviços de dragagem serão divididos em sete trechos em todo o canal, com cada execução sendo informada previamente para a companhia que administra o complexo santista. Quando a obra for concluída, a empresa também será a responsável pela manutenção da profundidade de 16 metros durante o período de dois anos.
O aprofundamento para 16 metros é considerado, de acordo com a APS, uma medida a curto prazo para garantir calado aos grandes navios que adentram o complexo marítimo. A melhoria na infraestrutura aquaviária permitirá a presença de navios maiores que os de 366 metros, que possuem capacidade para movimentar até 15 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).