Fonte: BE News
Embarcações seguem sem poder atracar no píer desde o acidente com o navio Olavo Bilac, em março
Na última sexta-feira (11), representantes da Autoridade Portuária de Santos (APS) e da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) se reuniram para discutir o andamento dos trabalhos de recuperação do píer danificado após acidente envolvendo o navio Olavo Bilac, no dia 12 de março. Durante a reunião, ficou definido que a empresa responsável finalize, em até 30 dias, o projeto de recuperação total das avarias.
Segundo informou a APS, a inspeção subaquática detalhada no local do acidente foi concluída no dia 10 de março. Desde os primeiros dias do registro do acidente, técnicos da companhia e também da Marinha do Brasil trabalharam a fim de avaliar todas as condições do cais que ficou danificado.
Para a avaliação da estrutura e elaboração do projeto de recuperação do píer, foi a empresa Exe Engenharia, que é responsável pelo projeto do cais. Por ter o conhecimento do projeto inicial, tanto APS quanto à Capitania dos Portos avaliaram a escolha da empresa como positiva.
“Finalizamos a fase diagnóstica dos danos causados, e todos estão empenhados para avançarmos para as próximas etapas e solucionar o problema da forma mais rápida possível, sempre prezando pela segurança das instalações e dos usuários”, comentou Orlando Razões, diretor de Infraestrutura da APS.
No entanto, ainda não há previsão de quando o Cais de Outeirinhos esteja apto a receber atracações de navios.
Na reunião, estiveram presentes também representantes das empresas que operam celulose nos berços de atracação próximo ao local do acidente, na margem direita.
“Há uma grande disposição de todos os envolvidos; da Autoridade Portuária, da Marinha e das empresas envolvidas para buscar soluções e mitigar eventuais prejuízos à operação portuária”, disse Beto Mendes, diretor de Operações da APS.
O capitão de Mar e Guerra Marcus André de Souza e Silva, Comandante da Capitania dos Portos, afirmou que a Marinha está acompanhando de perto todos os trabalhos e serviços técnicos para melhoria do cais.
Pela APS, também estiveram presentes o gerente de Fiscalização Ricardo Moreira, o superintendente de Operações Portuárias Márcio Kanashiro, e a assessora Cristina Rodrigues, da Diretoria de Infraestrutura.
O acidente
O navio Olavo Bilac colidiu com três embarcações da Marinha do Brasil após apresentar problemas durante uma manobra. O acidente feriu um oficial da Capitania dos Portos, que precisou ser hospitalizado na Santa Casa de Santos.
O petroleiro transportava 50 mil toneladas de óleo combustível. Após o acidente, foi conduzido, com o auxílio de rebocadores, até o cais da Alemoa 1. O navio já deixou o complexo portuário santista para realizar outras viagens pelo Brasil.