Fonte: A Tribuna On-line
Movimentação geral de cargas deve alcançar as 240,5 milhões de toneladas em 2040, crescimento de 33,7%. Já a operação de contêineres poderá chegar a 8,7 milhões de TEU, alta de 61,1%
Que o Porto de Santos é o maior do Hemisfério Sul, já não é mais novidade. Mas, talvez nem todos tenham noção da sua grandiosidade, afinal costumam vê-lo em partes, conforme as atividades rotineiras do dia a dia. Com uma área total superior a 7,8 mil hectares, ele equivale a cerca de 11 mil campos de futebol do tamanho do Maracanã. São mais de 16 quilômetros de cais disponíveis para atracação ao longo dos 30 quilômetros de extensão do canal. Um verdadeiro gigante da infraestrutura nacional, principal porta de entrada e saída para o comércio exterior brasileiro.
Apenas em 2024, o complexo marítimo movimentou 179,8 milhões de toneladas, de janeiro a dezembro, o maior resultado anual da história de Santos. O destaque fica para a operação de contêine-res, que atingiu a marca de 5,4 milhões de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) no ano passado, alta de 14,7% em relação a 2023. Os embarques totalizaram 131,3 milhões de toneladas, 10% acima do período anterior. O Porto também é o maior quando se trata da movimentação de granéis sólidos vegetais.
Os números já seriam suficientes para deixar clara a representatividade do Porto no cenário nacional. Porém, não para por aí. Ainda em 2024, 29% de toda a corrente comercial nacional passou pelo cais santista. Isso significa quase 200 países e todos os estados brasileiros operando carga no local. O Porto também teve 5,5 mil navios atracados em suas instalações ao longo dos últimos 12 meses. Além disso, é o principal exportador de açúcar, soja e milho do Brasil, e o segundo maior importador de trigo. Sua liderança impacta diretamente na Cidade ao gerar mais de 50 mil empregos.
Futuro
Se a relevância econômica chama a atenção, a tendência é de que as estatísticas surpreendam ainda mais nos próximos 15 anos, diante da constante modernização para atender à crescente demanda e se manter competitivo no cenário internacional. A movimentação geral de cargas deve alcançar as 240,5 milhões de toneladas (crescimento de 33,7%), enquanto a de contêineres poderá chegar a 8,7 milhões de TEU (+61,1%).