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29/06/2023 - 11h23

Rumo ao complexo portuário da Baixada Santista


Fonte: Editorial Portogente
 
O porto de águas profundas, como extensão do Porto de Santos, é imperativo e uma decisão inadiável, na superação dos limites atuais, sem condições de receber os maiores navios, como fator de competitividade. Isto o excluí dos mais atrativos fluxos do comércio global. Só duas condições impediriam tal decisão: geografia e engenharia. Ambas são excelentes no caso dessa expansão, constituindo o complexo portuário da Baixada Santista. Um projeto estimado em R$ 12 bilhões, a ser implantado em etapas e com investimentos privados, já manifestado.
 
Como um espaço aberto ao debate amplo dessa proposta no Portogente, Porto Oceânico transpõe fronteiras e conecta o mundo, no curso do governo Lula. Esse projeto é sonhado há décadas pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), bem como vai ser o porto do Complexo Andaraguá, em Praia Grande. Vamos dizer assim, um projeto com potenciais logístico, político e comercial com foco no desenvolvimento e inovação regionais.
 
Por ser um projeto modulado, flexível e de concepção avançada, seu crescimento vai acontecer acelerado pela demanda. Situado entre os municípios de São Vicente e Praia Grande, no Estado de São Paulo, poderá atender aos navios cargueiros e de passageiros, bem como possibilitar a instalação de um estaleiro com dique para fabricação de navios e adequado à plataforma flutuante para reparos navais. Todo seu funcionamento com energia verde e disponibilizando área adequada para 2.000 amplas vagas de estacionamento.
 
Esta solução era proposta em 1996, quando o ministro Márcio França era prefeito de São Vicente e o deputado Alberto Mourão era prefeito de Praia Grande. Portanto, uma ideia com maturidade suficiente para sua implementação. Como processo de inovação, vai fomentar um arranjo logístico avançado na região, com parâmetros sustentáveis, sociais e governamentais. A partir de um aglomerado (cluster) regional, integrar redes globais, em um arranjo que inclui um aeroporto já projetado, vai reduzir tempos e custos.
 
Refletir esse contexto, como um projeto logístico avançado e aplicação de tecnologia de última geração, implica viabilizar também o antigo sonho da região desenvolver o seu relevante potencial hidroviário, como há séculos é utilizado no hemisfério norte e, para cuja implantação há muita competência técnica nacional. É hora de escrever um novo marco histórico da atividade portuária regional da Baixada Santista. E a atual diretoria da Autoridade Portuária de Santos é apta a fazê-lo.