Fonte: Portal BE News / Angelino Caputo*

 

Ao longo dos cinco dias de ampla programação da missão promovida pelo Brasil Export em território português, despertou atenção a existência de comunidades portuárias formais, que reúnem representantes da iniciativa privada, do poder público, de centros de estudos, startups e demais agentes que participam e influenciam esse ecossistema. O diretor-executivo da Associação Brasileira dos Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra) e presidente do Conselho Brasil Tech, Angelino Caputo e Oliveira, elogiou as iniciativas de trabalho em conjunto detectadas no país europeu.

 

“Quando falamos em implantar o Port Community System (PCS), que é o que estamos planejando em Santos, essa é uma forma de fazer a integração dos stakeholders em um único sistema. O primeiro passo para isso é convidá-los para ‘sentar e conversar’. Em Portugal, eles já estão organizados e formalizados. Falta, ainda, o sistema eletrônico de integração, mas o setor aqui está mais avançado”. Segundo ele, as visitas técnicas realizadas pela missão foram muito estimulantes, no sentido de estudar a implantação de comunidades portuárias formais nos portos brasileiros.

 

A opinião é compartilhada por João Eduardo Amaral, diretor-geral e de Operação da Voz dos Oceanos e presidente do Conselho ESG do Brasil Export. “Vimos aqui que existe uma construção entre agentes públicos e iniciativa privada numa convergência de interesse de valores para o bem comum, que é o desenvolvimento dos portos. Esse ecossistema chamou muita atenção e está muito mais maduro do que no Brasil”. Amaral destacou outras referências positivas encontradas nos trabalhos implantados nos complexos portugueses, como a descarbonização das operações, a instalação de plantas solares e toda uma política voltada para boas práticas de preservação do meio ambiente e redução na emissão de poluentes.

 

*Angelino Caputo é diretor-executivo da Associação Brasileira dos Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA)