Notícias
18/05/2020 - 02h39

Apoio à volta de mais jovens ao trabalho, com máscaras, sobe para 44%


Fonte: Poder 360
 
Há duas semanas, era de 37%. 36% já saem para trabalhar. Uso de máscaras: 94% apoiam.
 
Pesquisa do DataPoder360 indica que a população está dividida em relação às medidas de afrouxamento da quarentena adotadas por Estados e municípios para frear a disseminação da covid-19. Em 15 dias, subiu de 37% para 44% o apoio dos brasileiros à volta dos mais jovens ao trabalho, desde que usando máscaras.
 
Outros 50% acham que todos ainda devam ficar confinados em suas casas e 6% não souberam ou não quiseram responder.
 
 
A pesquisa foi realizada de 11 a 13 de maio pelo DataPoder360, divisão de estudos estatísticos do Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 512 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Leia o relatório completo dos resultados no Brasil.
 
O presidente Jair Bolsonaro é 1 ferrenho defensor de que os mais jovens retornem já aos trabalhos. O chefe do Executivo propõe que apenas o grupo de maior risco quando contrai da doença fique isolado em casa (idosos e pessoas que tenham comorbidades).
 
Para Bolsonaro, a paralisação da atividade econômica poderá causar alta taxa de desemprego, o que prejudicaria ainda mais do que o impacto da covid-19 na saúde dos cidadãos.
 
A pesquisa do DataPoder360 divulgada neste sábado (16.mai.2020) mostra uma tendência diferente dos últimos levantamentos: os mais ricos, que se mostravam mais resistentes ao retorno dos mais jovens ao trabalho, começam a apoiar a ideia.
 
Nesta parcela, a maioria (51%) ainda é favorável a que todos fiquem confinados, mas 44% querem o retorno dos mais jovens, com máscaras, ao mercado de trabalho. No levantamento anterior, feito 15 dias antes, apenas 25% dos mais ricos eram favoráveis a essa medida.
 
A obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos é quase unanimidade entre os brasileiros. Segundo a pesquisa, 94% apoiam a medida. Apenas 4% se opõem.
 
 
IMPACTOS ECONÔMICOS
 
O avanço da pandemia junto à população brasileira é medido principalmente pela contagem de casos e mortes, mas deixa marcas também na renda dos brasileiros.
 
Entre os entrevistados, 69% dizem ter a renda ou o emprego prejudicados pela crise causada pelo novo coronavírus.
 
Já os que deixaram de pagar alguma conta por causa da crise de covid-19 correspondem a 68% dos entrevistados.