Fonte: O Estado de S. Paulo
Cinco anos após o início da deterioração econômica, que começou em 2014 e deixou 13 milhões de pessoas sem trabalho, nenhum setor produtivo voltou ao nível pré-crise; ainda assim, há brasileiros que conseguiram dar a volta por cima
Crise, recessão e desemprego são palavras que atormentam o dia a dia do brasileiro. Cinco anos de crise econômica deixaram marcas profundas em todo o Brasil, sobretudo no mercado de trabalho. Nas ruas das cidades do País, as lojas fechadas com placa de aluga-se multiplicaram-se e não há sinais visíveis de que há empreendedores dispostos a investir nesses pontos vazios – foram mais de 200 mil lojas fechadas no País nesse período de crise.
Na indústria, o quadro é desanimador. Depois que a recessão ficou para trás, no final de 2016, a recuperação gradual da atividade econômica no ano seguinte até trouxe esperança de dias melhores para o setor. Mas foi só um suspiro.
Em 2018, com a demanda ainda fraca, a crise na Argentina – que prejudica as exportações – e o efeito da greve dos caminhoneiros, nada menos que 40% dos segmentos industriais fecharam em crise, segundo dados do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). E nada indica que haverá uma retomada este ano.
Nesse período, os personagens que contaram suas histórias ao Estado tiveram de se reinventar, contando com sorte e muita coragem, aliados da necessidade de continuar seguindo em frente, apesar das adversidades. Empurrados pelo desemprego, dois buscaram no empreendedorismo a saída; outro, também desempregado, optou por se reinventar no mundo dos aplicativos e o último é um empresário que quebrou no meio da crise, mas conseguiu dar a volta por cima e abriu uma nova empresa.