Fonte: G1
Os desligamentos priorização os funcionários com maior idade, maior tempo de serviço e maior tempo de aposentadoria.
Os Correios abriram um novo Plano de Desligamento Voluntário (PDV), cujas inscrições vão de 2 de maio a 12 de junho. Os cargos englobados são:
• Atendente comercial
• Operador de triagem e transbordo
• Cargos extintos e em extinção
• Aposentados de qualquer cargo
Os desligamentos priorização os funcionários com maior idade, maior tempo de serviço e maior tempo de aposentadoria.
Além das verbas rescisórias, a empresa concederá um incentivo financeiro que varia entre R$ 25 mil e R$ 350 mil. No entanto, o empregado que aderir ao PDV não terá direito a receber a multa rescisória de 40% do saldo do FGTS nem ao seguro-desemprego, pois, explica a empresa, se trata de desligamento "a pedido".
Será garantido o plano de saúde para funcionários que se aposentaram pelo INSS como empregados dos Correios ou que vão se aposentar até a data do desligamento, incluindo os dependentes.
Em janeiro, os Correios informaram que haveria dois PDVs este ano, após lançar outros dois em 2017 e 2018, com a adesão de 8 mil empregados. No caso deste ano, não foi informado o número de adesões esperadas.
Abertura de capital x privatização
Com a abertura de capital, a empresa faz uma oferta pública de ações na Bolsa de Valores, tornando-se uma empresa de capital aberto, com ações negociadas livremente no mercado. Com esse aporte, os Correios teriam recursos para financiar projetos de investimento e modernização, defende Cunha.
A abertura de capital seria uma alternativa à privatização da empresa pública,
a que Cunha se opõe. Ele afirmou no podcast que os estudos sobre a privatização serão conduzidos pelo governo federal e que haverá oportunidade de defender seu ponto de vista. No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro teria dado
aval para a privatização dos Correios.
Para a equipe presidencial, o setor está em processo de transformação e, para sobreviver, a estatal precisa ser mais competitiva e ter menos amarras. Para isso, a solução viria apenas com a privatização dos Correios.
Cunha argumenta que a estatal é independente e autossuficiente, e isso significa que não depende de recursos do orçamento, sendo independente do Tesouro Nacional, e quando apresenta prejuízo, recorre a empréstimos pagos com recursos próprios.
Além disso, ele afirma que os Correios estão promovendo uma grande reestruturação e modernização, que a deixaria pronta para competir no mercado. A abertura de capital seria uma das saídas para viabilizar essa modernização.