Fonte: Sindaport / A Diretoria
A palavra que define o atual momento da Guarda Portuária de Santos é "transição". Com a adesão ao plano de desligamento acordado pelo ex-gerente Luiz Roberto Gomes há alguns meses e a exoneração ocorrida recentemente do superintendente Ézio Ricardo Borghetti, juntamente com o gerente de Inteligência de Segurança Orlando Alves dos Santos, a Guarda Portuária da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) entrará em uma nova etapa de sua “GLORIOSA” existência.
Em setembro passado, a Diretoria Executiva da Codesp aprovou em decisão DIREXE Nº 458.2017 o novo Regimento da Unidade de Segurança, que contempla mais uma gerência para a Guarda Portuária. A Estrutura Organizacional da Unidade de Segurança será composta por uma Superintendência, Gerência de Suporte Administrativo, Gerência de Inteligência de Segurança e Gerência da Guarda Portuária.
Em virtude das recentes mudanças o presidente da Codesp, Alex Oliva, nomeou interinamente o coronel Eduardo Nocetti Holms, que foi comandante do 6º Grupamento do Corpo de Bombeiros da PMESP, como Superintendente da Guarda Portuária.
Tanto o Sindaport como a categoria sempre foram favoráveis que o cargo de comandante da Guarda Portuária fosse ocupado por um funcionário de carreira, porém não existe um nome que tenha unanimidade dentro da categoria para assumir esse posto.
As mudanças citadas estão provocando uma grande expectativa no seio da categoria, pois há mais de cinco anos não aconteciam mudanças na gestão da corporação. Os companheiros Wagner Pinheiro de Almeida e Helio Marques Azevedo foram convidados para assumir, respectivamente, as gerências da Guarda Portuária, e da Inteligência de Segurança, e o companheiro Jonas Cordeiro de Andrade Junior irá assumir a Gerência de Suporte Administrativo, assim que a mesma for inserida no novo organograma da empresa.
Sabemos que outras mudanças também podem ocorrer nos cargos intermediários, considerando que a diretoria da estatal tem a intenção de retirar dos cargos os funcionários que possuem ações trabalhistas e ocupam atualmente as funções de confiança, tais como Chefe de Serviço, Coordenador e Encarregado.
O presidente da Codesp, que é o diretor responsável pela Guarda Portuária, faz questão de deixar bem claro que a corporação não é um setor separado dos demais departamentos da empresa, e disse que todas as ordens de serviço que foram emitidas pelo anterior superintendente da GPort serão revistas e reeditadas pela diretoria gestora da área. Segundo o próprio, os cursos de aperfeiçoamento funcional deverão ser feitos pelo Centro de Treinamento, além de questões funcionais pelo R.H. da empresa e assim por diante.
A Guarda Portuária tem problemas de infraestrutura que estão sendo resolvidos aos poucos, como por exemplo o porte de arma funcional, que apesar de já existir um trâmite administrativo em curso, ainda não foi resolvido. A compra dos coletes balísticos foi concluída e os EPIs estão sendo entregues aos guardas, porém não foram providenciados os armários para guardar os coletes nos gates.
Os frigobares e microondas necessários para o armazenamento e aquecimento das refeições estão sendo distribuídos nos gates em virtude de denúncia feita pelo Sindaport ao Ministério Público do Trabalho (MPT), contudo ainda falta o local apropriado para este fim, ressaltando que os aparelhos de ar condicionado geralmente apresentam problemas durante o verão por falta de manutenção adequada.
Os gestores da GPort tem feito a lição de casa na tentativa de solucionar as necessidades citadas, porém as soluções emperram durante o percurso e as necessidades não são finalizadas. Desta forma, a diretoria do Sindaport se coloca à disposição dos novos mandatários da Guarda Portuária e deseja que os mesmos possam fazer uma administração pautada nos interesses da categoria, uma vez que o momento político pelo qual o país atravessa, sobretudo com mudanças drásticas na legislação trabalhista, tende a trazer dificuldades nas relações capital e trabalho.