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Cresce a luta pela recuperação das perdas do FGTS

Fonte: Força Sindical / Paulo Pereira da Silva (*)



A Força Sindical já lançou em São Paulo a campanha nacional pela reposição das perdas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), de 1999 a 2003. Pelos cálculos do nosso Departamento Jurídico, o governo deve ao trabalhador um acréscimo de até 88,3%, índice que deveria ser aplicado sobre o saldo de cada conta vinculada do FGTS.
 
O governo começou a manipular a correção das contas do Fundo em 1999, usando a Taxa de Referência (TR) cujo índice já estava abaixo da variação da inflação e, ultimamente, está perto de zero. Estimamos que o total da garfada chegue a R$ 313 bilhões.
 
Ao manipular o índice de correção, o governo desrespeitou a lei do FGTS, que determina que o trabalhador tem direito a atualização monetária mais juros. A nossa ação judicial é justa. Foi isso o que explicamos aos cidadãos paulistanos, em nosso ato no Viaduto do Chá.
 
Instâncias estaduais da Central e sindicatos já começaram a engrossar o movimento. Mas precisamos acelerar o processo para que milhões de trabalhadores ingressem com ações coletivas na Justiça Federal. 
 
Aprovamos também um requerimento de convite para que o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, expliquem na Câmara dos Deputados os motivos da manipulação da correção.
 
Não é a primeira vez que o governo passa a mão no dinheiro dos trabalhadores que está no FGTS. Nos planos econômicos Collor e Verão, os assalariados perderam com a correção a menor do Fundo. Em 2001, os trabalhadores ganharam a ação na Justiça e o governo teve que pagar as perdas aos trabalhadores.




(*) Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical
 

 


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