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Portuário é solução, não problema

Fonte: Agência T1

 
“Satanizados” por ultraliberais e por empresários que não entendem de portos, os trabalhadores portuários têm certeza de que mostrarão, hoje, na audiência pública da Comissão Mista da MP-595/12, que foram e continuarão sendo um fator determinante para o aumento da eficiência portuária e para o aumento da competitividade do comércio exterior brasileiro.
 
Um dos principais elementos dessa “satanização” é o OGMO – Órgão Gestor da Mão de Obra, que não representa problema algum, ao contrário, é fundamental para o desenvolvimento da atividade portuária.
 
Conversei, ontem, com dirigentes de entidades de portuários, que me apresentaram algumas informações relevantes sobre o assunto:
 
a) O comércio exterior brasileiro cresceu cinco vezes, passando de US$ 100 bilhões em 2002 para US$ 480 bilhões em 2011, feito somente possível com a atualização tecnológica e de processos na operação portuária;
 
b) a mão-de-obra portuária, em termos de custo, representa apenas, pasmem!, menos de 1% do custo total do contêiner para o exportador/importador; além disso, é altamente capacitada para exercer todas as complexas funções exigidas na operação dos terminais – de uso público ou de uso privativo – o que garante padrão de primeiro mundo nos portos públicos e privados;
 
c) o OGMO é tão importante que, em alguns estados, como no Espírito Santo, ele atende tanto aos operadores nos terminais de uso público, como nos terminais de uso privativo!
 
Além desses pontos, os trabalhadores portuários querem: o fortalecimento dos portos públicos – única garantia para o aumento da competitividade dos produtos brasileiros no comércio exterior;  que o Conselho de Autoridade Portuária – CAP retome seu caráter deliberativo, com a participação dos trabalhadores; e que os trabalhadores, representados nos Conselhos de Administração das Cias Docas, tenham o direito de discutir e decidir sobre as questões relativas à mão de obra.
 
O que os portuários querem, em última instância, é garantir não só os seus direitos e o bem estar de suas famílias, o que é legítimo, mas também o interesse público, ao não permitir que interesses privados – de toda natureza – orientem o sistema portuário brasileiro, o que poderia ser um desastre para o comércio exterior e para a economia.

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