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Sopesp patrocina Brasil Export e Sudeste Export

Fonte: Sopesp
 
O Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo também está patrocinando o Fórum Brasil Export e o Fórum Sudeste Export. Régis Prunzel, Presidente do Sopesp, está motivado com o evento e com as videoconferências que estão sendo realizadas: “Esses eventos virtuais têm antecipado e ampliado a qualidade e quantidade de discussões. Imagina se num evento presencial de dois dias, em Brasília, poderíamos debater a gama de assuntos que têm sido tratados nas videconferências e nos webinars com esses profissionais da melhor qualidade. Estamos discutindo de tudo, modernização dos portos, sistemas, desestatizaçao, operações específicas e outras questões.  Com esse novo formato, estamos tendo a oportunidade de amadurecer e antecipar os temas de forma muito profissional. Acredito que teremos um fórum presencial em outubro, com as medidas necessárias, claro, e com um resultado de conhecimento para o setor portuário e uma questão de envolvimento de atores muito maior. Esse momento tem sido de aprendizado para nós e traz um conhecimento enorme de temas”.
 
No setor, Regis comenta que a  pandemia pegou todo o povo brasileiro de surpresa, mas que as medidas necessárias foram logo adotadas: “Nós, do Sopesp, rapidamente conseguimos nos organizar de forma conjunta com os próprios associados para que pudéssemos fazer com que os operadores portuários da Baixada Santista continuassem operando de uma forma segura e cuidando da vida das pessoas. Lá no início, quando os casos começaram a surgir, em meados de março, nós sentamos com a Autoridade Portuária, Antaq, Anvisa, sindicatos laborais e outras entidades e começamos a organizar iniciativas de enfrentamento para que pudéssemos ter uma continuidade nas operações”.
 
O Presidente lembra que, na época, estavam começando a operar com uma safra muito forte no agronegócio, como já era esperado, e que os operadores portuários conseguiram equacionar alternativas para manter as atividades nos portos da Baixada. “Com a evolução, além da questão do regramento sanitário específico determinado pela Anvisa, tomamos algumas iniciativas junto com a Autoridade Portuária, instalamos uma espécie de lavatórios nos principais gates de acesso ao porto para que os trabalhadores pudessem fazer a higienização. Passamos por um momento complicado para adquirir máscaras, mas conseguimos avançar. Três meses depois de todo esse enfrentamento, podemos falar que aprendemos bastante neste período e estamos mais bem preparados para a continuidade desse processo”.
 
Entre seus associados há vários segmentos operando no Porto de Santos, como terminais de grãos, de contêineres, de líquidos e operadores do cais público, por exemplo, e os impactos são diferentes. Mesmo assim, Regis acredita que agora todos estão melhor preparados. “Entendo que ainda não chegamos à uma solução concreta para a Covid. Claro que temos uma expectativa de futuro que tudo se resolva logo com o aparecimento de uma eventual vacina (há várias sendo testadas). Caso não seja, podemos continuar seguindo todos os protocolos de segurança da Anvisa, os alinhamentos que temos feito, como a compra de materiais de proteção individual, material de higienização e outros itens”.
 
A situação como um todo na Baixada Santista preocupa, é uma das regiões de maior contágio no Brasil. “Nosso maior desafio daqui para a frente será continuar lidando com a pandemia. Pode ser que ocorra uma intensificação dos casos, por isso temos que manter todo o cuidado com as pessoas. Vamos manter essa conscientização, todo mundo com a mesma orientação. E esse desafio não é só como Sopesp, mas é um trabalho que deve ser feito em conjunto com outras entidades, município, trabalhadores, Anvisa, Autoridade Portuária no sentido de continuar divulgando a questão do cuidado sempre, manter o distanciamento social e as medidas de prevenção”.
 
Futuro
 
Quando pensa em futuro, Regis admite que neste momento, a atividade portuária tem algumas incertezas: “Não sabemos quanto será o impacto dessa pandemia na economia, não só do Brasil, mas no mundo todo. Como porto, estamos bem susceptíveis a esse tipo de impacto. Tivemos um primeiro trimestre muito bom, mas já vemos os sinais de que a economia mundial vai ter retração e isso pode afetar a movimentação portuária. Essa é uma das preocupações, o que isso pode gerar, estamos discutindo gradativamente”.
 
Por outro lado, os sinais positivos, trazem esperança: “Apesar desse momento pontual, como Sindicato estamos acompanhando o panorama atual e vemos muitos dos nossos a associados fazendo investimentos, melhorando sua estrutura no porto, obviamente para atender o que está acontecendo no Interior do Brasil. Temos o anúncio da renovação da Malha Paulista que certamente trará benefícios para os portos da baixada. O ano passado tivemos a concessão de um trecho da ferrovia Norte/Sul, que deve migrar algum tipo de carga para os portos do Sudeste, principalmente na Baixada. Temos promessa de um novo PDZ, de novas licitações já definidas, temos celulose já em agosto. Apesar da pandemia e da incerteza comercial em relação ao segundo semestre de 2020, os sinais e noticias de investimentos são positivos. Estamos aprendendo a lidar com essa doença, mas vemos que a classe empresarial – nossos associados em geral – está mantendo o ritmo, pensando na melhoria na estrutura e na capacidade dos portos da baixada para atender às demandas que o mundo precisa”.
 
Mesmo assim, pensar no futuro ainda é uma grande dúvida. Segundo Régis, no setor de operadores portuários os momentos são diferentes. “Depende do segmento, alguns estão indo bem, outros estão vivendo um momento mais difícil e alguns estão mais preocupados. A maior parte dos nossos associados vive um clima de apreensão, mas tem uma expectativa positiva, sabendo que o principal é salvar vidas e enfrentar a pandemia. Esse é o desfio para todos. Estamos vendo sinais positivos da retomada nas operações portuárias e na economia. Vivemos um momento de adaptação nos procedimentos. Tivemos a Medida 945 que trouxe o afastamento dos trabalhadores com mais de 60 anos ou com problemas de saúde. Percebemos que nossos associados continuam com seus projetos, talvez com algumas modificações no andamento, mas não vão deixar de acontecer, estamos conseguindo manter o ritmo”.
 
Durante esse período o sindicato continua mantendo as comunicações periódicas com os associados pelo site com muitas informações, pelas redes sociais e algumas reuniões específicas virtuais com um número menor de associados. A maior parte dos trabalhadores do Sopesp está em regime de home office. Na outra ponta, o sindicato, através do apoio de seus associados, tem ajudado com doações de recursos, cestas básicas e materiais para o enfrentamento da Covid-19 para alguns municípios da Baixada.
 
Sobre o Sopesp
 
O Sindicato dos Operadores Portuários tem mais de 30 associados e representa os interesses dos Operadores Portuários, apoiando as entidades do setor com estudos técnicos e financeiros, além de negociações trabalhistas e representação institucional dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo. A missão é defender e representar os operadores portuários na promoção de um ambiente favorável ao desenvolvimento e competitividade das atividades portuárias no estado de São Paulo.
 

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