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2 em cada 10 desempregados perderam o trabalho durante a pandemia

Fonte: Valor Investe
 
Metade dos brasileiros diz estar gastando mais agora do que antes da quarentena e os maiores gastos foram com alimentação, aponta levantamento da Consumoteca


 
A pandemia da covid-19 deu início à maior recessão econômica desde a Grande Depressão, em 1929, e a demissões em massa pelo mundo. Os Estados Unidos já acumulam mais de 35 milhões de pedidos de seguro-desemprego desde o início da pandemia.
 
No Brasil, dois em cada dez trabalhadores desempregados perderam seus trabalhos durante a pandemia, ou seja, no último mês, segundo levantamento da consultoria Consumoteca.
 
 
Quem ainda tem trabalho, está inseguro e nem mesmo a carteira assinada traz alguma tranquilidade. Entre os entrevistados, 47% trabalham com carteira assinada e, desse total, 53% acreditam que haverá alguma mudança no regime de contratação, como tornar-se Pessoa Jurídica (PJ) ou trabalhar como freelancer.
 
Outros 18% já são PJs e 13% são empreendedores ou têm negócio próprio e, dentre eles, 81% já tiveram seus negócios afetados pela pandemia.
 
Em relação às dívidas, 32% dos entrevistados já tinham pendências antes da crise, 15% começaram a se endividar durante a pandemia, 21% ainda não se endividou, mas vê riscos de isso acontecer, e 32% não tem dívidas e não vê esse cenário no radar de curto prazo.
 
Com as dificuldades no trabalho e, por consequência, na renda, 16% dos entrevistados avaliam renegociar o pagamento de alguma fatura. Outra parcela importante pretende usar o cartão de crédito como complemento da renda e 11% pensam em adquirir um novo cartão e 12% pretendem pedir aumento de limite de um cartão já em uso.
 
Se houver dificuldade de pagamento nas contas do dia a dia, a maior parte dos entrevistados (75%) diz que a prioridade são os boletos e luz, água e gás, na sequência parecem cartão de crédito (30%), internet (28%) e aluguel/financiamento imobiliário (26%)
 
Quarentena com mais gastos
 
Na primeira semana de isolamento social, em meados de março, uma boa parte dos brasileiros (42%) acreditava que seus gastos não mudariam por conta da pandemia.
 
Na semana seguinte, 41% disseram que seus gastos diminuíram, e a fatia que imaginava que seus gastos não mudariam caiu para 26%.
 
Os dados mostram que os entrevistados estavam enganados sobre sua percepção sobre a dinâmica do trabalho remoto e mais tempo em casa.
 
Na segunda semana de maio, 48% dos brasileiros disseram que estão gastando mais agora do que antes da pandemia. Os maiores gastos foram com alimentação.
 
 
Vai pra onde?
 
O fim das medidas restritivas de circulação parecem estar longe da realidade dos brasileiros, uma vez que a taxa de contaminação e de óbitos não para de crescer. Mas não custa sonhar, não é mesmo?
 
Questionados sobre o que gostariam de fazer com mais frequência quando houver afrouxamento do isolamento social, 36% responderam que pretendem ir à praia, 32% querem viajar mais pelo Brasil e 28% têm a intenção de fazer trilhas ao ar livre.
 
Já as idas a bares e restaurantes devem ficar em segundo plano. Segundo o levantamento da Consumoteca, os brasileiros pretendem frequentar menos esses lugares quando a pandemia acabar, com 31% pretendendo ir menos a shoppings e 32% reduzindo idas a bares e restaurantes.
 

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