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Fonte: AssCom Sindaport

 

Nesta quinta-feira, 14 de maio, o SINDAPORT completou 87 anos. Diante do atual momento que vivemos, com a pandemia do coronavírus e mais de 12 mil mortes registradas no país, é claro que não iremos realizar a tradicional solenidade, homenagem aos associados e reunião de autoridades.

 

Esperamos que quando tudo isso passar, possamos lotar nosso auditório como fazemos há mais de 20 anos, quando a comemoração do aniversário de nossa entidade ganhou ares mais oficiais e associados que completam 50 anos de sindicalização são homenageados.   

 

Se por um lado a data de aniversário de fundação do SINDAPORT não pode ser comemorada com festa, por outro nos faz refletir sobre as mudanças que percorremos nesses 87 anos e os desafios que estão por vir.

 

Desde que o SINDICATO foi fundado em 1933, a entidade sempre trabalhou em prol da defesa dos direitos dos trabalhadores da então Companhia Docas de Santos. Passou por vários períodos de intervenção, tendo inclusive as portas fechadas.

 

“O SINDAPORT sempre acompanhou atentamente às mudanças na relação capital/ trabalho. Das greves que lotaram a avenida Rodrigues Alves, às mudanças no Porto de Santos, o SINDICATO sempre trabalhou na luta dos direitos dos portuários. Acompanhamos de perto todas as discussões envolvendo o setor e nos consolidamos com uma das entidades de maior expressão no país”, afirma o presidente do SINDAPORT, Everandy Cirino dos Santos.

 

O presidente destaca que nossa entidade sempre priorizou uma gestão transparente, por isso as recentes mudanças trabalhistas não causaram impacto negativo nas contas do SINDICATO. “Desde o anos 2.000, o SINDAPORT extinguiu a cobrança do imposto sindical. O SINDICATO sobrevive das mensalidades dos associados. Sendo assim, o fim da cobrança do imposto não causou efeito negativo no dia a dia do SINDAPORT, como vimos em outras entidades que dependiam dessa contribuição”, afirma com orgulho em ter colocado fim a essa cobrança há 20 anos.

 

Entre os vários desafios que estão por vir, sabemos que a privatização da Autoridade Portuária de Santos, novo nome dado a Codesp, é um dos mais críticos no momento. Sabemos que as mudanças com a privatização das operações portuárias há mais de 20 anos trouxeram desemprego e queda na renda dos trabalhadores. Agora a tão falada desestatização da administração portuária, começando por Santos, acende a luz da preocupação. Sabemos que a entrada da iniciativa privada enxugará postos e teremos que enfrentar uma árdua batalha para manter direitos há anos adquiridos.

 

Se a privatização das operações acarreta até hoje discussões e ações na Justiça, não é difícil prever que também enfrentaremos percalços com a desestatização da administração do Porto de Santos. No entanto, enquanto isso não acontece, continuamos convivendo com as indicações políticas, que sempre permearam as Companhias Docas, as mudanças nos cargos e a chegada de novos assessores, muitos que desconhecem o funcionamento do setor portuário.

 

Apesar da pandemia, da desestatização, do toma lá da cá, podemos pelo menos comemorar uma boa notícia neste dia 14 de maio. O acordo do Portus foi celebrado, já está em vigor e embora tenha causado aumento na contribuição dos participantes, colocou uma pedra no fantasma da liquidação. Valeu todas as reuniões, discussões, audiências em Brasília, assembleias fervorosas. Nesta data podemos orgulhosamente informar a todos que nossa luta não foi em vão.

 

HOMENAGEADOS

 

Por causa da pandemia de coronavírus, não teremos por ora a homenagem presencial aos associados que completam em 2020, 50 anos de sindicalização. Mas quando tudo isso passar, e vai passar, entregaremos a placa e diploma aos associados:

 

Alfredo Gonzalez Neto

Benedito Gilberto Rosa

Carlos Alberto de Souza

Eliseu Amaro Rocha

Jaime Gonçalves

José Carlos Valêncio

José dos Santos Alves

Mário Alves Pinheiro

Milton Inácio de Souza

Ozório do Nascimento Abrunhosa

Ricardo Contenças Júnior

Silvio Neves Mesquita