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Confira a declaração da Alternativa Democrática Sindical

Fonte: Portal Força Sindical
 
Veja no final do texto as versões em inglês e espanhol

 
III ANIVERSÁRIO DA ALTERNATIVA DEMOCRÁTICA SINDICAL DAS AMÉRICAS
 
DECLARAÇÃO DE ALTERNATIVA DEMOCRÁTICA SINDICAL DAS AMÉRICAS - ADS, NO ÂMBITO DO TERCEIRO ANIVERSÁRIO 2017 - 2020
 
O Conselho Continental da Alternativa Democrática Sindical das Américas - ADS, em reunido virtualmente em 17/04/2020, por ocasião de seu 3 de aniversário, aprovou a seguinte declaração para os trabalhadores (as) e a opinião pública em nível global.
 
Durante esses três anos de existência, a ADS se consolida reafirmando seu compromisso com o sindicalismo de valores e princípios, com autonomia, democracia, unidade e solidariedade. Em defesa dos direitos dos trabalhadores, em defesa do emprego, saúde, previdência social, Democracia, Diálogo Social, Negociação Coletiva, Trabalho Decente, Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e um modelo econômico com justiça social e melhores condições de vida e dignidade para a sociedade em todos os países das américas, o caribe e no mundo.
 
ADS, foi fundada em 2017, num contexto e situação muito difícil na região e no mundo. Com crises econômicas, políticas e sociais, desemprego, ataque aos direitos trabalhistas e sindicais, crise do sindicalismo na região e no mundo, declínio e ameaças à democracia e intensificação das ditaduras, e o estabelecimento de governos com tendências autoritárias em vários países da região, como Venezuela, Nicarágua, Cuba, Brasil, entre outros.
 
Consideramos que, neste momento, três anos depois, a situação nas Américas, no Caribe e no mundo não mudou, pelo contrário, aprofundouse e piorou com a crise da pandemia de coronavírus, COVID 19, que tornouse a maior crise de saúde, econômica e social de toda a humanidade.
 
A Alternativa Democrática Sindical das Américas, considera que a Pandemia do novo Coronavírus - COVID 19, é um inimigo comum de toda a humanidade, que já infectou mais de 2,5 milhões de pessoas, com um saldo de mais de 170.000 mortes em todo o mundo. Devemos lutar e agir incansavelmente com unidade e solidariedade para derrotá-lo.
 
A ADS expressa sua solidariedade com os trabalhadores, o sindicalismo e com todos os povos, devido à grave situação de saúde e aos impactos econômicos e sociais que estamos enfrentando em quase todos os países do mundo. Expressamos condolências a todas as famílias que perderam seus entes queridos, vítimas do COVID 19.   Repudiamos as ações, medidas e projetos prejudiciais que estão sendo propostos e implementados por vários governos e setores empresariais, que buscam aproveitar a crise da saúde para obter vantagens indevidas e de má-fé, retirando direitos, violando negociações coletivas e leis, e as  constituições dos países, ignorando sindicatos, mecanismos de diálogo social, o tripartismo e as Normas internacionais de trabalho da OIT.
 
Denunciamos a violação dos direitos humanos e sindicais em vários países da região, especialmente Venezuela, Nicarágua, Cuba, Brasil, Colômbia, entre outros, caracterizados por autoritarismo, ataque aos direitos e sindicatos, violência e perseguição contra ativistas, líderes sindicais e sociais que trabalham em defesa dos direitos, a democracia, a justiça social e melhores condições de vida para a população.
 
A grave crise da pandemia do COVID 19 indica que todos devemos fazer esforços e contribuir para a luta contra a epidemia, devemos focar em salvar vidas, fortalecer os sistemas de saúde pública e bem-estar das pessoas, e que implique na necessidade de medidas drásticas. Como medidas de isolamento, quarentena e prevenção à saúde, como a melhor maneira de prevenir e conter a rápida disseminação do vírus. Para o qual o Estado, as instituições democráticas e o setor privado devem alocar recursos econômicos para a subsistência alimentar todas as pessoas e salvaguardar o emprego, os direitos e o funcionamento mínimo e adequado da economia, durante o período de isolamento, quarentena e Estado de calamidade pública, em nível nacional, regional e global.
 
Acreditamos que o cenário e as perspectivas de sérios impactos econômicos, políticos e sociais, nas Américas, no Caribe e no mundo, exigirão o esforço e a contribuição dos Estados, dos setores produtivo e financeiro, dos setores social e sindical e a sociedade, para buscar consenso e acordos que permitam a retomada das atividades econômicas, tendo como bússola e objetivo o imperativo de superar e melhorar as profundas desigualdades econômicas e sociais nas américas, no Caribe e no mundo.
 
Nesse sentido, é essencial que governos e setores empresariais criem condições e espaços para o diálogo social e o tripartismo, onde todos os setores sociais, sindicatos e a população em geral possam debater e contribuir com medidas e projetos para o desenvolvimento sustentável com justiça social. e superação segura e justa da atual crise de saúde, política, econômica e social que estamos enfrentando em nível regional e global.
 
Exigimos a suspensão e o cancelamento da dívida externa de todos os países em desenvolvimento, especialmente dos países mais pobres das Américas, o Caribe e mundo. Porque com os graves impactos econômicos e sociais do COVID 19, a sobrevivência da população mais pobre e vulnerável será quase impossível, e o desenvolvimento econômico e social desses países ficará seriamente comprometido.
 
Por fim, a Alternativa Democrática Sindical das Américas repudia profundamente a decisão antidemocrática e contra a liberdade sindical, tomada pelo Conselho de Administração da OIT, na 337 reunião realizada em outubro de 2019, onde sem motivo ou argumentos, rejeito o pedido de
 
ADS, de Status de organização consultiva perante a OIT, pelo simples fato de as ADS não pertencerem a monopólios sindicais regionais e mundial, que em muitos casos se inclinam aos interesses dos governos e do capital, contra os direitos e interesses dos trabalhadores, como é o caso da Venezuela.
 
Alternativa Democrática Sindical das Américas, representa mais de 20 milhões de trabalhadores, de 25 organizações sindicais, de 15 países da América Latina e do Caribe. Nesse sentido, solicitamos respeitosamente ao companheiro, GUY RYDER, Diretor Geral da OIT, para que interceda junto ao Conselho de Administração, para que se reconsidere esa decisão, e seja reconhecido o Status Consultivo da ADS, como interlocutor social perante a OIT, da mesma forma que outras organizações internacionais de trabalhadores (as) são reconhecidas. Em conformidade com os princípios, mandato e constituição da OIT.
 
¡COM LUTA, UNIDADE E SOLIDARIEDADE, VENCEREMOS!
 
Julio Roberto Gómez Esguerra 
Presidente   
Nilton Souza Da Silva
 Secretario General
 
Bogotá, Colombia, 21 de abril de 2020



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