Notícias

IBGE: Desemprego fica em 11,6% no trimestre até fevereiro e atinge 12,3 mi de pessoas

Fonte: Valor Econômico
 
Leitura foi idêntica à mediana das projeções de 26 instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data
 
 
A taxa de desemprego do país foi de 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
O resultado ficou 0,4 ponto percentual acima do registrado no trimestre móvel anterior, encerrado em novembro de 2019, quando a taxa de desemprego estava em 11,2%. No mesmo período do ano passado, a taxa estava em 12,4%.
 
A leitura foi idêntica à mediana das projeções de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, com intervalo de estimativas de 11,4% e 11,9%.
 
O número total de desempregados — pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, sem encontrar na semana de referência da pesquisa — atingiu 12,343 milhões no trimestre móvel encerrado em fevereiro, 4% a mais na comparação ao trimestre móvel anterior (479 mil pessoas a mais) e 5,4% abaixo do mesmo período de 2019 (711 mil a menos).
 
O número de trabalhadores ocupados (empregados, empregadores, funcionários públicos, conta própria) era de 93,710 milhões no trimestre encerrado em fevereiro, 0,7% a menos na comparação ao trimestre móvel anterior (706 mil pessoas a menos) e 2% maior do que no mesmo período de 2019 (1,83 milhão a mais).
 
O início do ano é tipicamente marcado por dispensa de pessoal temporário contratado no fim do calendário anterior, para o período de vendas de Natal. Em geral, analistas não esperavam efeitos do novo coronavírus sobre o mercado de trabalho neste indicador de fevereiro.
 
Somados ocupados e desempregados, a força de trabalho era de 106,05 milhões no trimestre até fevereiro. Trata-se de uma redução de 0,2% em relação aos trimestre móvel até novembro e aumento de 1,1% frente ao mesmo período de 2019.
 
Atividades
 
Construção e setor público foram as atividades que mais fecharam postos de trabalho no trimestre até fevereiro, na comparação ao trimestre móvel anterior.
 
De acordo com a pesquisa, o setor de construção deixou de ocupar 301 mil pessoas de dezembro a fevereiro deste ano, reduzindo em 4,4% o total de ocupados na atividade (6,6 milhões). Já o setor público dispensou 375 mil pessoas no trimestre, reduzindo em 2,3% o total de ocupados.
 
Apesar do período ser tipicamente marcado por dispensa de temporários contratados no fim do ano, o comércio mostrou estabilidade no contingente de ocupados, com mais 20 mil pessoas, aumento de 0,1% frente ao trimestre móvel anterior (terminado em novembro de 2019).
 
Subutilização
 
O país tinha 26,783 milhões de trabalhadores subutilizados no trimestre móvel até fevereiro deste ano, leve alta de 0,7% na comparação ao trimestre móvel anterior (até novembro). Isso corresponde a 207 mil pessoas a mais nessa condição.
 
A subutilização — chamada também de mão de obra “desperdiçada” do país — inclui trabalhadores desempregados; subocupados (que gostariam e poderiam trabalhar mais horas); e a força de trabalho potencial (pessoas que não buscam emprego, mas estão disponíveis para trabalhar).
 
A taxa de subutilização estava em 23,5% da força de trabalho ampliada - que soma a força de trabalho com a força de trabalho potencial - no trimestre até fevereiro, levemente acima do trimestre móvel anterior (23,3%). No mesmo período de 2019, porém, estava maior, em 24,6%.
 
Renda
 
O rendimento médio habitualmente recebido pelos trabalhadores do país foi de R$ 2.375 mensais no trimestre móvel encerrado em fevereiro, 1,8% acima do verificado no trimestre móvel até novembro (R$ 2.373).
 
Na comparação ao período mesmo período de 2019, a renda mostrou incremento de 3,9%.
 
Das atividades acompanhadas pelo IBGE, o maior aumento da renda ocorreu na agricultura, com avanço de 3,9% frente ao trimestre móvel anterior, para R$ 1.392. Outro incremento significativo ocorreu na indústria, com alta de 3,7% na renda, para R$ 2.407 no período.
 
Já a massa de rendimento real habitualmente recebida por pessoas ocupadas somou R$ 217,631 bilhões no período de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020, 1,2% acima do trimestre móvel anterior e 6,2% maior do que no mesmo período findo em 2019.
 

Imprimir Indicar Comentar

Comentários (0)

Compartilhe