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Falta mão de obra

Fonte: A Tribuna On-line
 
Terminais do Porto de Santos enfrentam dificuldades para contratar mão de obra especializada
 
Existem casos em que vagas estão abertas há seis meses e não são encontrados profissionais capacitados para preenchê-las
 
 
Terminais do Porto de Santos enfrentam dificuldades em contratar mão de obra especializada para diversas funções. Existem casos em que vagas estão abertas há seis meses e não são encontrados profissionais capacitados para preenchê-las. Esta foi uma das constatações de um debate realizado na sede da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a autoridade portuária de Santos, na sexta-feira (13).
 
O evento contou com a presença de gestores de RH de diversos terminais do complexo marítimo, além de representantes da Prefeitura de Santos e da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra). Os trabalhos foram mediados pelo professor do Centro de Excelência Portuária de Santos (Cenep), Hélio Hallite.
 
“O que é assustador é o fato de termos tantos milhões de desempregados e ver que as vagas estão abertas e não são preenchidas por nossa culpa. Como professor, eu sinto angústia e euforia porque percebemos ainda o que pode ser feito”, destacou Hallite.
 
Em um dos casos apresentados pelos participantes, uma oportunidade para especialista em Sustentabilidade está aberta há dois meses. Outra vaga para o departamento financeiro de um terminal não é preenchida há um semestre. Em outras situações, é necessário recorrer a trabalhadores de outras cidades para as contratações.
 
O diretor de Administração e Finanças da autoridade portuária, Fernando Biral, aponta a possibilidade de a Docas intermediar este processo. “A gente não sabe quem está precisando contratar. A gente não sabe a quem estão recorrendo. Precisamos deixar esse canal aberto para poder amplificar e a gente ter que construir, talvez identificar quem já trabalha com isso para a gente poder oferecer para as empresas”.
 
O coordenador de Requalificação Profissional da Prefeitura de Santos, Ricardo Serra, ofereceu uma parceria entre os terminais portuários e o Centro Público de Emprego de Santos, que tem mais de 45 mil trabalhadores cadastrados em seu banco de dados. A ideia foi bem aceita pelos gestores.
 
No local, é possível agendar entrevistas, que podem ser realizadas por especialistas em RH do próprio terminal. Porém, todo o contato é feito pela prefeitura, assim como a disponibilização da infraestrutura. Serra explica, ainda, que um terminal do cais santista utilizou a Centro Público de Emprego para a contratação de 1.200 profissionais que atuaram em uma obra.
 
Tecnologia
 
“Pensar em um Porto moderno, sem armazéns abandonados, onde as coisas funcionam com o uso de tecnologia, internet das coisas, é fundamental para pensar em qualificação para o Porto de Santos. Esta deve ser a nossa realidade em 2030”, destacou Hallite.
 
Para o professor do Cenep, os profissionais precisam entender não só a atividade que vão exercer. Compreender toda a cadeia logística do cais santista ganha uma importância crucial. “Não podemos esquecer que o Porto de Santos conta, hoje, com multinacionais, que utilizam equipamentos modernos e têm grandes índices de produtividade. O trabalhador deve estar por dentro disso”.
 

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