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Empresa portuária rejeita ponte e defende novo túnel Santos-Guarujá

Fonte: Folhapress
 
A BTP é contra o projeto do governo de João Doria (PSDB) para a construção de uma ponte. Na prática, a obra afeta planos de expansão da empresa no Porto de Santos.
 
 
O presidente da BTP (Brasil Terminal Portuário), operador que mais movimentou contêineres no Porto de Santos no último ano, afirma que vai lutar mesmo sem apoiadores pelo projeto do túnel submerso para fazer a interligação entre Santos e Guarujá, no litoral paulista.
 
"Podemos ter um, dois ou dez do nosso lado, mas vamos lutar pelo que é certo. Não há tempo para erro", afirma Ricardo Arten, presidente da BTP, à reportagem.
 
O novo projeto foi apresentado no mês passado pela Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), com redução de custos. Ele passaria de um valor estimado de R$ 3,2 bilhões para R$ 2,5 bilhões, com a necessidade de ligações perimetrais orçadas em R$ 1 bilhão.
 
"O túnel resolve o problema que a população quer [resolver], que é de mobilidade urbana. O que nós vemos hoje é que o túnel se tornou mais barato do que a ponte, mas temos algumas batalhas a ganhar", disse.
 
A BTP é contra o projeto do governo de João Doria (PSDB) para a construção de uma ponte. Na prática, a obra afeta planos de expansão da empresa no Porto de Santos.
 
A ponte de 7,5 km, custeada pela Ecorodovias, concessionária responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes, em troca da extensão de contrato para exploração dos serviços, que inicialmente vence em 2026, por mais 30 anos.
 
O vice-governador Rodrigo Garcia afirmou em evento no dia 18 de outubro que o projeto do túnel não será possível de ser realizado na gestão de Doria.
 
"Sabemos que uma preocupação vem à tona quando a decisão deixa de ser técnica e vira política. Existe um interesse político em fazer essa construção, e ele tem que acontecer mesmo, mas é preciso fazer a melhor ligação seca, não pode ser qualquer uma", afirmou Arten.
 

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