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É bom o plano do primeiro emprego

Fonte: O Globo
 
Estagnação econômica teve efeitos devastadores para os mais jovens
 
É louvável a proposta do governo Jair Bolsonaro para criação de um sistema de incentivos ao emprego de jovens, na faixa de 18 a 29 anos. Esse foi o grupo populacional mais afetado na recessão que abalou o país a partir de 2014.
 
O desemprego subiu a 25% com efeitos devastadores para a faixa etária de até 24 anos.
 
Como O GLOBO mostrou, com base em dados recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a melhoria observada no mercado de trabalho formal, ou seja com carteira assinada, tem sido alavancada pela contratação de jovens.
 
Foram criadas 548,2 mil vagas nos últimos 12 meses encerrados em setembro. Entre os jovens de até 24 anos, o saldo foi maior: abertura de 1,1 milhão de vagas formais. Essa é uma excelente notícia para uma fatia da população que estava acossada pelos índices mais altos de desemprego, com mais do dobro da média nacional de desocupação.
 
O governo pretende estimular a contratação usando incentivos, como como a redução do pagamento mensal do FGTS, mas restringindo o programa aos níveis salariais mais baixos, até um salário mínimo e meio. Se for confirmado, se terá algo fundamental e imprescindível ao país: o foco nos mais pobres, em geral com menor qualificação educacional e mais vulneráveis aos efeitos deletérios da revolução tecnológica em curso.
 
Há limitações fiscais, mostra a realidade. Porém, com empenho e imaginação se torna possível a superação numa etapa crítica do mercado de trabalho.
 
Se o mercado ainda demonstra não ter fôlego suficiente para resolver o problema, é legítima a intervenção do governo especificamente para alavancagem de vagas formais para trabalhadores jovens, de baixa renda.
 
O governo acerta ao focar na redução do desemprego entre os jovens. O país lhes deve a chance de um primeiro emprego na economia formal.
 

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