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Manifestantes fecham entrada e saída de caminhões de empresa em SP

Fonte: G1 Santos
 
Sindicalistas se puseram contra chegada de funcionários terceirizados no local. Empresa diz que está dentro da lei e que impasse pode ser resolvido na Justiça. O local já está liberado para passagem.
 
Cerca de 50 trabalhadores vinculados ao Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias e dos Arrumadores (Sintrammar) realizaram paralisação, nesta quarta-feira (9), contra a terceirização da mão de obra na empresa Serra e Marques Transporte Rodoviário, na Alemoa em Santos, no litoral de São Paulo. Os veículos da empresa, de transporte, logística e movimentação de carga, foram impedidos de sair.
 
Segundo o presidente do Sintrammar, Francisco Erivan, a Serra e Marques desrespeitou a lei quando permitiu que funcionários de empresas terceirizadas dividissem funções com os trabalhadores registrados e os avulsos, contratados via sindicato. "A empresa resolveu 'inovar' e trazer uma empresa terceirizada, que não tem capacidade para isso", afirma o sindicalista.
 
Erivan ainda relatou ao G1 que, antes da paralisação, houve uma conversa prévia com a administração da Serra e Marques para fazer uma negociação, mas não houve avanço. "O empresário está irredutível, então paralisamos a entrada e saída dos caminhões".
 
O grupo ainda pretende dar início a uma greve geral, envolvendo todas as empresas do setor, caso a conversa não avance. "Por enquanto, só essa empresa está fazendo isso [terceirização], mas a greve é uma forma que nós temos de fazer aquelas que trabalham de forma regular a pressionarem esta, que está contra a lei", explica.
 
Empresa diz que está dentro da lei
 
Procurado pelo G1, o proprietário da Serra e Marques, James Serra, explicou que no entendimento jurídico da empresa a contratação dos terceirizados está dentro da lei. "Eu posso contratar, tenho amparo na lei, principalmente depois da reforma trabalhista".
 
O empresário ainda diz que está agindo no campo da conversa com os sindicalistas e pelo sindicato patronal, "para chegar a uma solução tranquila para todos. Mas, se eles [sindicalistas] acharem necessário, vamos recorrer à Justiça e aí é o juiz quem vai definir se podemos ou não contratar os terceirizados", afirma.
 
Serra também reforça que quem se sente prejudicado, deve correr atrás dos direitos na Justiça. "Não está certo fechar a porta do terminal, impedir a ida e vinda dos caminhões e tentar prejudicar os trabalhos da empresa".
 

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