Notícias

Fonte: Valor Econômico

 

Ainda há um longo caminho para reduzir a desigualdade entre ricos e pobres no país, aponta pesquisa do instituto

 

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 do IBGE, divulgada na última sexta-feira, reforçou a percepção sobre o longo caminho que ainda existe para reduzir a desigualdade entre ricos e pobres no país.

 

O levantamento mostra que 2,7% dos domicílios brasileiros concentram 19,9% da renda do país, considerando todas as fontes (salários, lucros, aposentadorias, aluguéis). São 1,8 milhão de famílias, com rendimento médio mensal superior a R$ 23.850.

 

No outro extremo, estão 23,9% dos lares, que concentram apenas 5,5% do valor médio recebido no país. Nesse caso, o dado corresponde a 16,5 milhões de famílias, com rendimento familiar mensal até R$ 1.908.

 

As famílias mais ricas dedicam 66% de seu orçamento para despesas de consumo, o que permite dedicar 9,6% do orçamento para aumentar os ativos (comprar e reformar imóveis, por exemplo). Essas gastam proporcionalmente menos com habitação e alimentação.

 

No caso das famílias mais pobres, 92,6% do orçamento é destinado para as despesas de consumo, especialmente habitação e alimentação.

 

Apenas 1,4% do orçamento é dedicado a aumentar os ativos da família, o que inclui, além de imóveis, compra de títulos de capitalização, títulos de clube e aquisição de terreno para jazigo.