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Sindicato dos Metalúrgicos fecha venda de sede em São Paulo por R$ 140 mi

Fonte: O Estado de S. Paulo
 
Negócio depende da aprovação do conselho fiscal; dívida do sindicato chega a R$ 20 milhões
 
Com dívida de R$ 20 milhões, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes fechou a venda de sua sede, no bairro da Liberdade, por R$ 140 milhões. 
 
O negócio já havia sido autorizado pelos trabalhadores em assembleia. Miguel Torres, presidente do sindicato, afirma que a venda depende ainda de aprovação do conselho fiscal da entidade, o que deverá ocorrer dentro de dois dias.
 
Torres diz que o sindicato ainda analisa as garantias oferecidas pela compradora —uma empresa do setor de logística-- para fechar o negócio.
 
“O prédio está ocioso. São 14 andares, mais três intermediários e os do subsolo. Tentamos alugar, mas não conseguimos”, disse.
 
O edifício tem também heliponto, auditório com capacidade para 900 pessoas e três andares de subsolo capazes de abrigar até 250 carros. Símbolo de tempos de bonança para o sindicalismo, o edifício tem duas torres de elevadores, somando nove compartimentos e espaço para exposições.
 
Em reunião nesta segunda (30), a diretoria do sindicato foi informada que toda a receita obtida nas da negociação coletiva foi consumida até setembro.
 
O custo de manutenção do sindicato é de R$ 3,5 milhões mensais. 
 
Além da sede, o sindicato —que é filiado à Força Sindical— vai vender sua subsede em Mogi das Cruzes, um clube de campo, uma colônia de férias e outros imóveis. 
 
Após deixar a sede, os Sindicato dos Metalúrgicos passará um tempo instalado na Força Sindical. Com o dinheiro arrecadado na venda, o plano dos sindicalistas é comprar um imóvel menor.
 
Uma das possibilidades em estudo é a compra da sede da própria Força, que também está à venda e é avaliada em R$ 16 milhões. A Força Sindical também é presidida por Miguel Torres.
 
A central não é a única a enfrentar severa crise financeira.
 
O fim do imposto sindical obrigatório, associado ao alto índice de desemprego, derrubou a receita de todas as centrais. Maior delas, a CUT (Central Única de Trabalhadores) chegou a negociar a venda de sua sede, no Brás, além de elaborar um plano de redução de secretarias e corte de pessoal.
 

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