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Apreensão de drogas pela Receita em portos e aeroportos cresce 68%

Fonte: R7
 
Receita atribui aumento em 2019 ao avanço do trabalho de cruzamento de dados para determinar rotas e cargas escolhidas pelos traficantes
 
A quantidade de drogas apreendidas pela Receita Federal em portos e aeroportos cresceu 68% no primeiro semestre em 2019 em comparação com o mesmo período de 2018.
 
Foram cerca de 29 toneladas no primeiro semestre deste ano frente a pouco mais de 17 toneladas no primeiro semestre do ano passado, segundo dados da Receita.
 
As apreensões ocorreram em diferentes cidades, e as drogas apareceram escondidas em diferentes tipos de cargas. No final de maio, por exemplo, a Receita frustrou duas grandes tentativas de tráfico de cocaína. No aeroporto de Guarulhos, a Receita conseguiu interceptar um carregamento com 122,5 kg da droga diluída em vinho branco, que tinha como destino a Guiné Equatorial. Outros 49,5 kg de cocaína foram apreendidos em Viracopos (Campinas).
 
Segundo o chefe da Divisão de Recursos Tecnológicos e Operacionais, Maurício Santos Silva, esse crescimento se dá em razão da melhora do trabalho de análise de dados que permitem à Receita prever com maior precisão a ação dos traficantes. Ele explica que em 2015 a Receita Federal passou a integrar em um único banco de dados as informações das apreensões realizadas, como as rotas e o tipo de carga escolhida para esconder as drogas. E que isso permite planejar ações.
 
“Passamos a fazer um cruzamento maior de informações que melhoram a gestão de riscos”, diz.
 
Ainda assim, Silva explica que o trabalho não pode se limitar a monitorar destinos e cargas já usadas no passado, porque os traficantes inovam continuamente. O chefe da Divisão de Recursos Tecnológicos explica que, neste ano, houve apreensões significativas em portos que não estavam nas principais rotas da droga no Brasil, como Natal (RN) e Salvador (BA). O porto de Santos, o mais movimentado da América Latina, é também tradicionalmente o recordista em apreensões.
 
Os tipos de cargas escolhidas também mudam e não se limitam a produtos como grãos, frutas e cargas de madeira. “Neste ano já fizemos apreensões dentro de  tratores e de geradores elétricos”, diz.
 

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