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Bolsonaro finge não ver

Fonte: Rede Brasil Atual
 
Em um bairro do Rio de Janeiro, reportagem do "Seu Jornal", da TVT, mostra as adversidades enfrentadas por famílias que sobrevivem com o mínimo e em casas com quase nenhuma infraestrutura
 
 
No segundo capítulo da série sobre a fome, a repórter Viviane Nascimento, do Seu Jornal, da TVT, mostra como as famílias de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, tentam sobreviver com o mínimo. Um quadro em que miséria, desemprego e moradias precárias se cruzam no bairro da capital fluminense. Por pelo menos 30 anos, o Jair Bolsonaro atuou na região, como parlamentar pelo estado. Mas o hoje presidente diz desconhecer essa realidade, apesar da iminência da fome que marca os moradores que vivem ali.
 
“A gente não tem ajuda de nada”, afirma a moradora Priscila Alves de Medeiros sobre a condição de um dos bairros mais pobres da cidade. Desempregada, Priscila relata que quando tem alimentos precisa cozinha-los em um fogão de lenha improvisado. Sem fogo elétrico ou gás de cozinha, ela lista uma série de equipamentos e estruturas que não tem acesso.
 
De acordo com dados da Prefeitura do Rio, levantados em maio, após a tragédia de Muzema, em que dois prédios irregulares desabaram, além de um déficit habitacional de mais de 220 mil famílias, atualmente, 237.824 residências foram construídas sem banheiro e com problemas de infraestrutura.
 
A moradora Hanna Araújo ainda destaca como um dos problemas mais urgentes do bairro é a falta de saneamento básico. “Quando chove fica todo mundo embaixo d’água e (também precisa) de melhorias no esgoto e tubulações”, explica. Além dos problemas estruturais, a população local  também apresenta queixas com relação ao acesso à saúde que deixam idosos e crianças mais vulneráveis.
 
Voluntário na região, Marcos Fagundes Martins diz que junto com o aumento do desemprego, que atinge pouco mais de 1,3 milhão de pessoas no estado do Rio, veio o crescimento da fome. “Têm famílias e pessoas com fome, que precisam de ajuda. É muito triste chegar no lugar e ver uma pessoa que quer trabalhar, mas não tem oportunidade”, avalia Martins.
 

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