Notícias

Dissídio coletivo é instaurado, Codesp mantém acordo coletivo e portuários suspendem greve

Fonte: AssCom Sindaport



Os trabalhadores da Codesp aceitaram suspender a greve por tempo indeterminado que seria realizada a partir da zero hora desta quinta-feira, 25 de julho.
 
A decisão da categoria foi tomada porque durante a audiência de conciliação realizada na tarde desta quarta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em São Paulo, entre representantes do SINDAPORT e da Codesp, as duas partes concordaram pela instalação do Dissídio Coletivo.
 
O diretor de Administração e Finanças da Codesp, Fernando Biral, expôs que a Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) não autorizou outra proposta salarial diferente da já apresentada, na semana passada, durante audiência no TRT. Porém, ele ressaltou, segundo o presidente do SINDAPORT, Everandy Cirino dos Santos, que caso os trabalhadores suspendessem o movimento grevista a Codesp:
 
1 – respeitaria a data base;
 
2 – asseguraria a manutenção das cláusulas da Norma Coletiva até 31/05/2020 ou até a data do julgamento do dissídio, sendo que valerá a data que ocorrer primeiro;
 
3 – a manutenção das cláusulas não irá abranger o vale-refeição no 13° salário.
 
“Tais compromissos são assumidos pela empresa, se os trabalhadores deliberarem pela não realização de greve”, consta na ata da reunião de conciliação pré-processual presidida pelo desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto.  
 
Também foi acertado durante a audiência de conciliação que, com a suspensão da greve dos portuários, a partir de sexta-feira será instaurado o Dissídio Coletivo Econômico. “Foram quatro meses de negociação muito difícil com a Codesp. Realizamos assembleias e convocamos a categoria, que por três vezes aprovou a realização de greve. A Codesp estava realmente irredutível em reconhecer nossa data base e conceder reajuste salarial. A empresa só apresentava propostas de redução de conquistas. Mas mesmo com a ausência da Sest, que foi convidada a participar da audiência de conciliação, e com a recusa da Companhia em conceder reajuste salarial, vamos instaurar o Dissídio Coletivo Econômico e discutir na Justiça o aumento salarial”, afirmou o presidente do SINDAPORT, Everandy Cirino dos Santos.
 
Com a suspensão da greve e a instauração de dissídio coletivo, passa a vigorar a cláusula de paz até o dia 31 de maio de 2020.
 
Segundo Everandy Cirino, o SINDICATO sempre defendeu, desde o início das negociações, a manutenção do atual acordo coletivo. “No entanto a nova diretoria da Codesp só pensava em reduzir conquistas da categoria. Vitória dos trabalhadores. Desde o inicio da campanha salarial, sempre colocamos como ponto principal não abdicar de conquistas, mantendo o acordo coletivo e o índice da inflação”.
 
O presidente ressaltou também a participação do desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto na busca pela negociação.
 
Além de Everandy Cirino, participaram da audiência de conciliação o vice-presidente do SINDAPORT João de Andrade Marques e o diretor Edilson de Paula Machado. E o advogado Eraldo Aurélio Rodrigues Franzese. Também participaram representantes do SINTRAPORT e do Sindicato dos Engenheiros.
 
Pela Codesp compareceram o diretor de Administração e Finanças Fernando Biral e os advogados Aldo dos Santos Ribeiro Cunha e Elaina Ebert Castro Santos.
 

  • 01
  • 01
  • 01

Imprimir Indicar Comentar

Comentários (0)

Compartilhe