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A grande maioria das estatais é corrupta, diz secretário de Desestatização

Fonte: Brasil Econômico
 
Para Salim Mattar, o legado da social-democracia é "esfrangalhado" no País e o caminho certo é o do Estado mínimo, "que não custe tanto para o cidadão"


 
O secretário de desestatização, Salim Mattar, afirmou que "a grande maioria das estatais é corrupta", citando a Petrobras, Correios, além de fundos de pensão. A declaração foi feita na última quinta-feira (4) durante um evento organizado pela XP Investimentos, de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, também participou.
 
"Nós temos 134 estatais , a grande maioria corrupta. Lembra dos Correios, da Petrobras, da Casa da Moeda? No caso dos Correios, tem o Postalis, que comprou títulos da Venezuela. O rombo dos fundos de pensão que este governo recebeu é de R$ 100 bilhões. E nós vamos parar com isso", garantiu Mattar, acrescentando que é um "privilégio" estar no governo e poder promover a venda de estatais.
 
Para o secretário, o legado da social-democracia é "esfrangalhado" no País e o caminho a ser seguido é o do Estado mínimo. "O Estado foi um inferno na minha vida. A carga tributária é elevada, quando você tem que lidar com o meio ambiente, até pagar imposto é difícil. O caminho correto é de um Estado mínimo, que não custe tanto para o cidadão", afirmou Mattar.
 
Privatizações e reforma tributária
 
O ministro Paulo Guedes, por sua vez, confirmou que, após a aprovação da reforma da Previdência, esperada para a semana que vem,  o foco do governo no segundo semestre será acelerar privatizações e implementar a reforma tributária, além de debater um novo pacto federativo com todos os gastos desvinculados. 
 
"Todas as despesas estão desobrigadas, desvinculadas de todos os entes federativos. Vamos controlar lá em cima na União e deixar cada vez mais estados e municípios se responsabilizarem", discursou o ministro. "Na Câmara, vamos jogar a  reforma tributária . A reforma dos impostos é iminente, ela vai começar agora", acrescentou.
 
Segundo Guedes, as privatizações também serão uma das prioridades do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Referindo-se a gestões anteriores do banco, o ministro criticou a concessão de empréstimos para exportação de serviços de engenharia por empreiteiras em Cuba, Angola e Venezuela – que Guedes classificou como "países com ideologias obsoletas".
 
"O presidente torce para um time [de futebol], surge um estádio. O presidente gosta de um empresário, um banco público é capitalizado, esse dinheiro vai parar lá e sua empresa vira a maior de proteína animal do mundo. Nenhum presidente pode ter tanto poder assim", ironizou, fazendo referência a  Lula  (PT). "[O banco] Tem lucro, claro, porque está garantindo pela União. São os trabalhadores que pagam isso. Vamos desalavancar o banco", disse.
 

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