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Funcionários da Companhia Docas do Estado de São Paulo suspendem greve

Fonte: A Tribuna On-line / Fernanda Balbino
 
Sindicato da categoria comemora prorrogação do acordo coletivo
 
 
A greve dos trabalhadores da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), prevista para hoje, foi suspensa. A decisão foi tomada na noite de terça-feira (28), durante assembleia na sede do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), após a prorrogação do acordo coletivo por 30 dias.
 
“O importante para o trabalhador é buscar o entendimento. Vamos tentar fechar um acordo sem prejuízo para a comunidade portuária. Essa nova gestão precisa dar o exemplo de autonomia na relação entre capital e trabalho. Não é o Sest que paga. É a Codesp. A gente não abre mão do adicional noturno, do adicional de férias e da hora extra. De resto, podemos negociar”, afirmou o presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos.
 
De acordo com a entidade que representa os trabalhadores, a proposta inicial da Codesp previa a redução do adicional noturno de 50% para 20%, do abono de férias de 50% para um terço, do valor do aumento na hora extra trabalhada de 100% para 50% e do vale-refeição extra pago em dezembro, que seria reduzido pela metade.
 
Segundo o Sindaport, a Docas ainda pedia o aumento da participação dos empregados da ativa no pagamento do plano de saúde de 45% para 50% e dos aposentados de 65% para 85%. Com isto, segundo a categoria, a proposta apresentada pela Autoridade Portuária representa um prejuízo de até 40% nos rendimentos mensais dos trabalhadores.
 
A categoria, então, aprovou uma paralisação por tempo indeterminado, que seria iniciada nesta quarta-feira (29). A mesma decisão foi tomada por funcionários de outras companhias docas do País, que também ficaram insatisfeitos com as propostas das empresas.
 
Segundo o Sindaport, a Companhia Docas da Bahia (Codeba) foi a primeira a propor a prorrogação do acordo coletivo. Em Vitória, a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) reconheceu a data-base. Além disso, o acordo coletivo dos portuários do Rio de Janeiro do ano passado está garantido por força de liminar.
 
Alívio
 
A informação da suspensão da greve dos funcionários da Codesp foi encarada com alívio pelos usuários do Porto de Santos. Isto porque o plano dos portuários era impedir a entrada e a saída de embarcações no cais a partir de hoje. O foco da paralisação era atingir os serviços de atracação de navios, da Guarda Portuária e da Usina de Itatinga.
 

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