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Nordeste rejeita visita de Bolsonaro e vira assunto mais comentado do Twitter

Fonte: CUT
 
O povo nordestino pede o cancelamento da agenda de Bolsonaro na Região. É a segunda vez que o Nordeste rejeita Bolsonaro. A primeira foi nas eleições de outubro do ano passado
 
Mal o governo federal anunciou uma visita de Jair Bolsonaro (PSL) ao Nordeste, a hashtag #NordesteCancelaBolsonaro entrou para os primeiros lugares dos assuntos mais comentados do Twitter desta terça-feira (21). Durante a manhã, a hashtag estava liderando o trending topics e a tarde permaneceu entre as cinco mais comentadas no Brasil.
 
Depois de ser rejeitado em Nova York e recebido sem honras de chefe de estado em Dallas, Bolsonaro anunciou sua primeira ida ao Nordeste cinco meses após assumir o cargo. Uma campanha liderada pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que chamou Bolsonaro de homofóbico e "ser humano perigoso" obrigou o brasileiro a cancelar a viagem à cidade em 14 de maio, onde receberia um prêmio da Câmara de Comércio Brasil-EUA, instituição caça-níqueis que distribui prêmios para empresários milionários e políticos de direita. Acabou se refugiando em Dallas, Texas, mas não escapou de manifestações de repúdio do prefeito Mike Rawlings e de metade da Câmara de Vereadores e entidades locais, que assinaram manifesto contra sua ida a cidade.
 
E a fracassada história nos EUA não foi esquecida pelos internautas brasileiros. "Não foi bem-vindo em NY e nem Dallas e ousou achar que seria no Nordeste", postou Roberta Bastos.
 
 
Aqui, não
 
Se ele não desistir até lá, a agenda de Bolsonaro prevê uma visita a Pernambuco na sexta-feira da próxima semana (31), um dia depois do Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Educação e Contra a Reforma da Previdência convocada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) para o próximo dia 30.
 
Se for, deverá ir a Petrolina, um dos mais de 300 municípios que participaram da Greve Nacional da Educação no dia 15 de maio, para entregar um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), um dos símbolos do governo do ex-presidente Lula e que no governo de Bolsonaro não deve durar nem até o fim do ano.
 
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou em abril que a pasta só tem recursos para arcar com o MCMV até junho. Segundo ele, o governo precisa ampliar o limite orçamentário senão o programa acaba.
 
Não importa o que ele vai fazer, o povo do Nordeste parece estar repetindo o recado dado nas eleições, como alertou o deputado Paulo Pimenta (RS), líder do PT na Câmara dos Deputados, no Twitter: "O povo do Nordeste deu o recado ao Bolsonaro nas urnas em outubro e caso ele se meta a besta e tente visitar alguma cidade nordestina a recepção não será boa".
 
 
No segundo turno das eleições do ano passado, o candidato a presidente pelo PT Fernando Haddad teve 69,7% dos votos válidos do Nordeste contra 30,3% de Bolsonaro. No total, Haddad contabilizou 20,3 milhões de votos; e Bolsonaro, 8,8 milhões.


 

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