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IBGE: Desemprego e informalidade altos seguram pressão de demanda

Fonte: Valor Econômico
 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) segue sem exibir pressão de demanda, diante do elevado nível de desemprego e a crescente informalidade no país, disse Fernando Gonçalves, gerente de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Dados divulgados pelo IBGE na última sexta-feira mostraram que o IPCA acumulado em 12 meses chegou a 4,94% em abril, o índice mais elevado desde janeiro de 2017. O índice ficou acima do centro da meta de inflação do governo, de 4,25% neste ano, embora dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
 
Segundo Gonçalves, o resultado do IPCA de abril foi pressionado por fatores sem relação com a demanda das famílias. Os alimentos, por exemplo, estão mais caros por conta de fatores climáticos, que afetam a oferta. Remédios e gasolina avançaram refletindo reajustes autorizados pelo governo e praticados pela Petrobras, respectivamente.
 
"Tivemos também aumento de preços da alimentação fora de casa, mas em função do repasse de custos pelos restaurantes", disse o gerente.
 
Gonçalves acrescentou que o índice acumulado de 12 meses ainda carrega a taxa registada em junho de 2018 (1,26%), afetada pela greve dos caminhoneiros. "Quando chegarmos a junho deste ano, essa taxa será descartada e teremos, então, uma ideia melhor do comportamento desses preços", disse ele.
 
Em abril, a inflação foi de 0,57%, conforme divulgado pelo IBGE. O resultado ficou ligeiramente abaixo da média das expectativas de 41 consultorias e instituições financeiras ouvidos pelo Valor Data, de 0,62%, mas dentro do intervalo das projeções, que iam de 0,53% a 0,68%.
 

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